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Lilypie 1st Birthday Ticker

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Porquê da semana... (23 semanas - T2)

O porquê desta semana é multimédia e aborda o complexo de electra. Uma miguita da Bia de seu nome LiLi (não é essa, é um pouco mais nova e ainda não fez nenhum lifting) vem-nos cantar as suas dúvidas de bebé curiosa. Para se irem habituando a esta avalhanche de perguntas, continuem atentos a esta rúbrica semanal desta fantastica epopeia (no sítio habitual)

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Espelho meu, Espelho meu... (23 semanas - T2)



Espelho meu...Espelho meu haverá alguma grávida mais elegante do que eu?

O reflexo de uma mãe orgulhosa do seu rebento, reluz na direcção do berço que a vai embalar. São 22 semanas de gestação, 2,5 Kilos de fermentação que abraçam esta forma untada de carinho. Por isto este ano em vez de filhoses vamos ter no Natal uma Filhosa para alimentar uma família sedenta de novos membros. Afinal a barriguita do progenitor será útil para a encenação de Pai Natal que espera na gaveta pelo momento de entrega de prendas sempre regado com o pijama da moda e uns quantos pares de slipes. Para o ano será diferente, pois agora passa a ver um novo eixo de atenção.

Encerrou a 3º votação destas epopeia que não me deixa menos "apreensivo". O resultado expressa a dicotomia de sexos a que estamos votados. 43% dos votantes acham que a estatística me desfavorece (resta trabalhar para recuperar o equilíbrio masculino), 43% acham que é melhor arranjar mais espaço para conseguir arrumar a parafernália de utensílios necessários à sobrevivência das fêmeas da nossa espécie. Estas foram as maiores "preocupações" manifestadas neste inquérito de opinião que será tido em conta no planeamento no meu programa de acção. Aproveitando a foto da semana, foi colocado à vossa disposição mais uma votação. Os entendidos na matéria podem arriscar um prognóstico sobre o peso com que a princesa Beatriz vai aparecer no mundo. Como este verão ganhamos o nosso Euro Milhões queremos por à prova a sua sorte para ver se são boas balanças. Bons palpites...

P.S: Oferta de fraldas a quem acertar no peso.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Revisão dos 22.000 (22 semanas - T2)

Está feita a revisão dos 22.000. Mais uma visita ao mecânico (diga-se Doutor), mais um cheque de 75 euros (ainda dizem que os carros dão despesa), mais 3 horas de espera (depois desta estou preparado para qualquer espera numa qualquer repartição das finanças) para comprovar que está tudo afinadinho dentro do percentil indicado para esta altura.

550 gramas depois, estávamos a olhar de novo para a nossa mais desejada. Um poço de virtudes no alto dos seus 23 cm de chassi. A piquena continua a crescer no útero bem jeitosinho da sua mama que faz jus à sua condição de grávida elegante.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Cantigas de Roda (22 semanas - T2)





Quem é que não se lembra da Dona Chica que atirava o pau ó gato. Em catraios cantaram-nos isto centenas de vezes, muitas das quais para nos acalmar! Agora que somos crescidos, já repararam na letra desta música de crianças? Não bastava atirar o pau ao pobre do gato e ainda a dita senhora se admira por ele não ter morrido. A letra termina com um arrepiante miiiiaaaaaauuuuuuuuuu.

Num destes dias tropecei numa nova versão desta cantiga de roda que agora substitui o Pau por Peixe ficando desta forma uma letra mais harmoniosa. É obvio que nunca levei à letra esta música, até já tive um gato a quem atirava comida em vez de paus. De qualquer forma é de bom senso modificar a rima desta música para não atiçar a liga protectora de animais e sem alterar o ritmo podemos cantar uma versão mais consensual.

Para recordar esta e outras músicas irei partilhar convosco algumas letras que fazem parte do meu imaginário infantil. Um espaço de nome “Cantigas de roda” para cantar à Beatriz à volta do berço. Quem quizer cantarolar é só seguir o refrão no sítio do costume - a barra lateral do blog. Para começar esta nova versão do “Atirei o Pau ó gato”

Era Digital (22 semanas - T2)


Com a semente da sociedade de informação apareceram novas mutações em crianças que crescem na era do digital. A disgrafia funcional, que se denota a cada K que usam nas suas mensagens instantâneas, está a alterar a sua forma de escrita. Não é raro ver em textos mais formais como testes de avaliação, requerimentos e outros documentos oficiais de suma importância, referência a estes tropeções gramaticais. Para professores e educadores que correm atrás do prejuízo, não é fácil esta luta constante contra a iliteracia que se vai instalando.

Peritos em gadgets, computadores pessoais e outras tecnologias de comunicação, as nossas crianças estão a potenciar o «lap» geracional que tem mudado o paradigma de educação. Como consequência, muda radicalmente o conceito de autoridade na família, nas escolas e noutras instituições que se vêem limitados na sua acção de controlo e orientação sobre uma nova realidade que desconhecem.

Multiplicam as redes sociais virtuais onde os jovens fabulizam relações à sua medida, perdem-se nas teias infindáveis de plataformas como Hi 5, reduzem os seus contactos a mensagens de texto desprovidas de afectos onde as emoções são substituídas por smiles pré-formatados. Neste contexto têm aparecido programas como o “Second Life” onde os feedback humanos se reduzem a contactos com os chamados “Avatares”, personagens virtuais que representam uma vida digital de alguém que perde muitas horas neste circo de plástico.

Assim é hoje muito estimulada a euforia acrítica com as possibilidades oferecidas pelo computador. Como se a máquina fosse a grande panaceia, a protagonista da história. Como se o resultado de seu emprego fosse sempre positivo e não dependesse das escolhas humanas. Essa utopia tecnológica desprovida de senso crítico é um engodo.

As máquinas foram feitas para servir o homem, não para servir o cérebro. É necessário combater a atrofia cognitiva a que os nossos jovens estão confinados neste cocktail tecnológico que lhes foi servido. Melhor prova disso é o recente concurso diário da RTP onde jovens com menos de 30 anos soluçam respostas descabidas, denotando falta de bases em áreas tão elementares como o cálculo, aritmética e estudo do meio que reflectem a falta de ginástica mental que hoje os meios automáticos nos estão a roubar.

Como em tudo na vida, é necessário tirar partido do que de melhor as coisas têm para nos oferecer. Por isso, companheiros de trincheira, toca a exercitar a criatividade dos nossos filhos para que o uso destas ferramentas não seja em si mesmo um fim mas um meio para chegar mais longe.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Bonecos de Trapos (22 Semanas - T2)


E se alguém lhe oferecesse uma boneca de trapos?

Seria dar importância ao nosso artesanato?
Seria valorizar as nossas tradições?
Seria recordar o tempo dos nossos avós?


Não! Seria com certeza um misto de tudo isto, mas sobretudo uma forma de “Revival” tão comum aos modernos artistas plásticos. Não há nada mais genuíno que reviver o passado dando um toque de modernidade aos objectos do nosso quotidiano.

Numa sociedade de grande solicitação onde os brinquedos são usados de forma efémera, ao ritmo de padrões de consumo que nos tornam reféns de modelos predefinidos, é difícil resistir a estes chamamentos.
Como é que combatemos a futilidade ao comprar uma Barbie que carrega com a sua imagem a filosofia da mulher de plástico? Como é que combatemos a agressividade dos nossos filhos quando oferecemos figuras de Wrestling que representam um circo de violência que as nossas crianças possam confundir com a realidade? Como é que combatemos a mediocridade quando nos esquecemos dos nossos catraios em frente à Tv seguindo horas a fio a entediante Floribela para logo a seguir correrem para as lojas à procura de todo o marchandise associado?

Uma dica:
Clica para veres...

Procurem por entre os fantásticos bonecos de Rosa Pomar a expressão que quero dar a este Post. Estes bonecos fazem lembrar-me outros bonecos que uma tia modista de seu nome Lucília fazia com os restos dos tecidos que sobravam dos vestidos que costurava. A minha homenagem a todos os artesãos que não deixam calar as nossas tradições.

Novidades da 22º Semana

Hoje 3 em 1. De uma assentada só o "Tou" da semana que nos traz uma nova competência adquirida pela sua autora, um novo/velho modelito para ver na "Bia Fashion Gallery" e um novo Porquê para reflectir no fim de semana. São três desejos num só como o ovo kinder que as crianças (e não só) gostam tanto.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Patchwork - um presente com vida


As recordações são o nosso património genético. Valor indestrutível que nos preenche a cada desfolhada da nossa vida. Pequenos prazeres, curtos momentos, fragmentos da nossa historia, pedaços de nós que transpiram a cada poro da nossa alma.

Com o tempo os objectos vão envelhecendo enquanto os nossos pensamentos se vão maturando. Com o tempo os nossos presentes vão ficando desactualizadas enquanto as nossas recordações se reinventam. Com o tempo os nossos brinquedos vão-se perdendo enquanto os nossos afectos se vão refinando.

A emoção é a riqueza que nos faz seres especiais. Por isto neste Natal em vez de bens materiais procura um pouco de ti. Desperta a tua imaginação para oferecer um momento especial a quem faça parte das tuas memórias.

Nesta interacção com os outros construímos uma espécie de P a t c h w o r k onde se vão juntando retalhos de vida que fazem a história de cada um parecer uma manta composta de coloridas recordações que se encadeiam numa infinidade de formatos variados.

Por isso peguem na vossa agulha e ajudem a tricotar mais uma manta de Patchwork para prolongarem a vossa existência para além da vida terrena.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Um dia para não esquecer (21 semanas T2)


No dia 20 de Novembro de 1959, por aprovação unânime, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a Declaração dos Direitos da Criança. Constitui ela uma enumeração dos direitos e das liberdades a que, segundo o consenso da comunidade internacional, faz jus toda e qualquer criança. Condensada em dez princípios cuidadosamente elaborados e redigidos, a Declaração afirma os direitos da criança a protecção especial e a que lhe sejam propiciadas oportunidades e facilidades capazes de permitir o seu desenvolvimento de modo sadio e normal e em condições de liberdade e dignidade.

Para os mais esquecidos aqui ficam alguns dos direitos consagrados nesta Declaração:
"...O direito a um nome e a uma nacionalidade, a partir do nascimento; a gozar os benefícios da previdência social, inclusive alimentação, habitação, recreação e assistência médica adequadas; no caso de crianças portadoras de deficiência ou incapacitadas, o direito a receber o tratamento, a educação e os cuidados especiais exigidos por sua condição peculiar; a criar-se num ambiente de afecto e segurança e, sempre que possível, sob os cuidados e a responsabilidade dos pais; a receber educação; a figurar entre os primeiros a receber protecção e socorro, em caso de calamidade pública; a protecção contra todas as formas de negligência, crueldade e exploração; e a protecção contra todos os actos que possam dar lugar a qualquer forma de discriminação."


Por isso façam deste dia os vossos dias para que as crianças possam criar-se num ambiente de compreensão, de tolerância, de amizade entre os povos, de paz e de fraternidade universal.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Christmas Star (21 Semanas - T2)


Está aberta a época natalícia no ninho Viriato. Este ano a anatomia do pinheiro ganhou uma vida especial. No alto do seu esplendor, a iluminar esta festa, colocámos uma nova estrela. Um anjo salpicado de vermelho que preenche a casa com novas razões para viver o natal da forma que mais o sinto. É uma festa de família para a família que celebra a fraternidade e solidariedade ente os homens. Na sua essência é a celebração do nascimento daquele que nos deu vida. Por isso este é um natal especial que preparar a recepção do mais novo elemento deste clã. A Bia, que para o ano ocupara lugar à mesa, está já afigurada na decoração da nossa árvore de Natal.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Rábulas da 21ª semana

Entramos na 21ª semana com mais um porquê. A interrogação deste semana tem haver com o significado dos números e a sua interpretação geométrica. Um clássico para qualquer filme de David Lynch que nos torna reféns de associações mais ou menos esotéricas.

A Bia brinda-nos com um "tou" especialmente feminino, agora que começa a perceber o significado de tal condição. Na sua Fashion Gallery apresenta-nos mais um modelo, oferta dos Tios Ananás, que nos compram muitos beijos com este cogumelo Beneton. A Bia agradece com muitos Kiss.

A votação continua animada agora que todos os itens a concurso têm pontuação. A contabilidade do sexo está a par com o espaço para arrumação nestas preocupações de um pai atento à evolução da sua filha.

Não se esqueçam de procurar estas rábulas na barra direita do Blog...

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Expressão Popular (21 semanas - T2)



Para um genuíno beirão como eu, a identidade de um povo mede-se pelas suas tradições enraizadas em usos e costumes que caracterizam as suas gentes. Aquilino Ribeiro, expoente máximo desta forma literária, traduz as virtualidades da língua portuguesa num livro que faz parte das minhas memórias especiais. “O Malhadinhas”, obra emblemática de cultura popular, espelha o sentimento de pertença a uma comunidade a que faço parte com muito orgulho.

Neste contexto, não posso calar o meu espanto contra a fuga às origens que se vai efectivando a cada histerismo normativo que somos sujeitos. Num destes dias, esbarrei com o mais ridículo dos artigos do novo código penal português que me trocou as voltas ao ponto de me colocar na posição da loira do anúncio da Tv-Cabo. Então expliquem-me lá, como se eu fosse muito burro, como é que um simples piropo, esta pérola do calão português, possa dar 1 ano de cadeia ao seu autor.

Talvez para preencher as vagas abertas por delinquentes que entretanto são postos em liberdade, ou encher os bolsos de advogados que no seu discurso redondo evidenciam a inércia dos nossos tribunais atolados em processos risíveis. Um bom argumento para comediantes que facilmente transformam esta absurda lei em momentos de lazer.

Por isso caros compatriotas, vou continuar a comer castanhas embrulhados em papel de jornal; a ver anúncios que, apesar de sabermos serem ilusórios, nos mostram corpos saudáveis; e claro a preservar o vernáculo genuíno das nossas gentes lusitanas que servem de fio condutor à história de um povo.

E o que é que a Beatriz tem a ver com isto, perguntam vocês? Representa o nosso futuro que, espero, respeite o passado para poder compreender o presente. Não quero fazer parte de uma sociedade de plástico onde as memórias sejam escamoteadas.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Moscatel de Carvalhais (20 semanas - T2)


Para quem não acredita na nossa juventude, aqui está um bom exemplo do contrário. A sensibilidade de 2 das mais doces uvas do cacho de alunos que tivemos em Carvalhais prova a força e entusiasmo que um adolescente pode transmitir. Hoje tivemos a melhor das surpresas ao receber 2 presentes que juntaremos ao cabaz de natal da nossa Bia. Obrigado às meninas “moscatel” que ainda menores de idade nos oferecem uma lição de vida. E já agora, deixam-me acrescentar que a Bia adorou. Bom gosto.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Sunshine days (Meio do percurso)


Estamos já a meio da nossa epopeia. A virtude destes 140 Sunshine Days levam-nos a pensar nos próximos 140 dias de grande luminosidade que continuaram a aquecer estes dias de verão (espera, não estamos já em Novembro?)ou melhor, estes dias de tórrida esperança num parto anunciado. Como gosto mais do copo meio cheio do que ele meio vazio a partir de agora terei 140 novas razões para regar esta caminhada de sucesso que trará até nós o jarro do nosso contentamento.

Para comemorar este facto vou servir a partir de hoje uma nova rubrica. Bia fashion Gallery será um catalogo de mimos para apresentar os mais elegantes modelos que vestirão a modelo dos nossos sonhos. É só acompanhar na barra lateral deste blog.
A começar podem conhecer o modelo "agatha ruiz de la prada" que acompanhará o primeiro dia de vida da nossa princesa.

Para assinalar esta data, foi colocada a faixa comomorativa do 2º trimestre que passará a fazer parte deste blog.
Continuem a seguir os próximos episódios desta fantástica aventura...

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

O amor acontece (20 semanas - T2)


Porque o amor acontece, de forma simples e espontânea. Porque estamos a entrar no Natal, uma época de partilha e solidariedade. Porque gosto de comédia britânica, apresento-vos um filme ligeiro ideal para ver em família numa qualquer noite fria de inverno. “ O amor acontece” é um filme impregnado de espírito natalício que cruza 10 histórias de amor nas suas mais diversas vertentes. Um hino às relações humanas que consegue em duas horas de película envolver os espectadores numa hilariante missão: transformar vidas banais do nosso quotidiano em momentos mágicos que nos tornam seres especiais. E como neste natal um ser especial fará parte dos nossos pensamentos, esta é a música que iramos entoar nos dias que caracterizam esta época. Por isso e para isso cantaremos a uma só vós “all i want for christmas is you ”

Atenção, porque se estiver bem atento, vai descobrir que O Amor Acontece em todo o lado. Por isso deixe-se levar pela música e procure nas teias do seu enredo cruzar a emoção da sua história com o significado desta letra.

domingo, 11 de novembro de 2007

O Poder da Metáfora (20 semanas - T2)


Quando se fala no “Carteiro de Pablo Neruda” deveria tropeçar-se nas palavras, ditas ou escritas. Deveria gaguejar-se ou semear reticências palavra sim, palavra não. Sempre que vejo e revejo o filme fico com a convicção de que estamos a descobrir o mundo, ou simplesmente a redescobri-lo. Este é o retracto delicioso e inesquecível de um simples carteiro de uma pacata ilha italiana que descobre o poder da metáfora através do contacto com a poesia de Neruda que se encontra asilado nesta terra. Recheado de momentos hilariantes, o filme é uma ode à poesia e às metáforas que também figuram a nossa visão do mundo.

Como diziam os contadores de estórias “Piratas de Alexandria” as palavras podem ser de ferro e a chegam ferir quando mal usadas, no entanto como o ferro também podem fundir-se, misturar-se e forjar-se para criar instrumentos, ferramentas, que permitam comunicar com as pessoas: aproximá-las, despertar-lhes emoções e, sobretudo, estimulá-las a seguir usando e desfrutando desse elemento imprescindível.

A metáfora é uma das figuras de estilo mais criativas no processo de comunicação com as crianças. Apelamos à sua imaginação figurando situações do quotidiano para poder explicar determinados contextos.Com a sua espontaneidade, as crianças brindam-nos com expressões que traduzem a sua visão do mundo.
E nesta construção retórica descobrimos um novo palco onde redesenhamos os papéis que esta condição nos oferece. Salpicamos os nossos pensamentos com cores vivas e voamos uns cm abaixo para, por entre olhos famintos de curiosidade, libertar a criança que há dentro de nós.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Sorrisos Escondidos (19 semanas -T2)



Posso estar ultrapassado, não ser de tempo, ou encaixar noutros estereótipos faustosos que quiserem usar para qualificarem a minha visão do mundo, mas não posso abafar este sentimento que ofusca a minha racionalidade.

Como é que um estado, dito de direito, pode compactuar com comportamentos tão primários como desumanos que atentam contra os mais indefesos representantes da nossa espécie.

Será que por parir um filho alguém tem o direito de fazer o que lhe apetece? Como é que uma “mãe” pode pontapear uma pequena menina e com o seu golpe fatal ser condenada(???) a uns míseros 5 anos de cadeia.

Onde está o nosso estado quando dentro da sua própria instituição permite que crianças ao seu encargo sejam abusadas de forma continuada. Para que servem as barras de tribunais que nos entretêm com a maior novela do sistema judicial português de seu nome “Casa Pia”. É nesta verdadeira farsa teatral, comparticipada pelos nossos esforçados impostos, que se revela a subversão de um sistema de justiça em que já ninguém acredita.

A hipocrisia arrasta-se aos incautos representantes da nossa pseudo comunicação social que ocupa horas a fio do seu precioso tempo de antena com a história de uma família (ou não) inglesa e transforma a situação numa espécie de dérbi jornalístico entre velhos aliados. Só em 2002 desapareceram 734 pessoas (muitas delas crianças). Se a estatística não me engana dá em média 2 pessoas por dia (arredondando por defeito). Não acham estranho, para quem vê o telejornal como eu, haver tantos dias sem uma única referencia a estes casos. Pois é, o que um assessor de imprensa do governo inglês pode fazer…

Infelizmente há muitos sorrisos por distribuir em locais esquecidos. Será que a consciência social se confina única e exclusivamente ao alcance do nosso olhar? Será que o hipnotismo voyeurista que a caixa, a que muitos já chamaram mágica, nos quer incutir, se tornou numa realidade para espectadores passivos? Será que estes baseiam a sua opinião apenas nos argumentos que desfilam neste palco virtual e deixam-se convencer que o mundo são os 32 cm de vidro que nos aconchegam a sala de estar?

Mas contra este marasmo, a que se vão acomodando profetas do inconformismo, lutam diariamente em espírito de cruzada ong´s como os médicos sem fronteiras, narizes vermelhos, missionários destemidos e outros anónimos humanistas que travam um meritório combate contra a indiferença dos mais ilustres pavões da nossa praça.

A minha reconhecida homenagem a estes heróis que num gesto altruísta ajudam os que mais precisam tendo como compensação “apenas” a descoberta de um sorriso escondido. Uma palavra especial de esperança para aqueles que trabalham com crianças, pois são estas que na sua pureza nos tentam dar um pouco de si para um futuro melhor.

O meu APLAUSO de pé a estes profissionais do amor.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

1000 Obrigados



O mais desejado faz já parte do clube dos milionários. Obrigado a todos que têm passado por aqui para fazer deste cantinho um espaço lúdico de criação que acompanha esta epopeia. Por isso, Tias e Tios babados (e claro primas confidentes), a musa de todos os nossos comentários agradece o interesse e dedicação de todos que já fazem parte da sua vida.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Toque do Futuro (19 semanas - T2)



Foram precisos 34 anos para receber a mais das desejadas prendas que um homem pode ambicionar… uhhh… pronto à parte disso, que melhor sensação podemos experimentar que o toque suave de um gesto que representa o nosso futuro. Pois é, a nossa querida Beatriz, perdeu a vergonha e quis hoje vir brindar o meu aniversário. É curioso como uma simples vibração faz de nós seres realizados capazes de num gesto intra-uterino imaginar o resto das nossas vidas. Não há palavras para descrever a emoção desta etapa que materializa o vinculo estabelecido com a melhor das nossas heranças. É um pouco de nós que transborda a cada formigueiro que sentimos no toque certeiro da nossa Beatriz. E que melhor altura poderia ter escolhido a nossa pimpolha que quis fazer parte desta celebração para presentear o pai. Obrigado filha.

Happy Birthday



Esta canção de parabéns é da exclusiva responsabilidade da Bia, como, aliás, se pode, facilmente, constatar pela voz abafada, prova evidente de que é o tenro prodígio a cantarolar dentro do ninho materno! A continuar assim a miúda ainda ganha a Gala do Festival Intra-uterino! (Lá se vão os vidros!)


Para o NOSSO Special One

Não, não é o que possam, eventualmente, estar a pensar! Não vamos discorrer sobre o Mourinho… o nosso special one é hiperbolicamente mais charmoso e irrefutavelmente de melhor trato que esse, segundo os entendidos na área, competente, embora desempregado, treinador de futebol.

O Homem mais especial das nossas vidas está de parabéns. Efectivamente, poderíamos construir uma sinfonia de razões plausíveis para parabenizar diariamente o nosso mais que tudo. Contudo, a música não se afigura, definitivamente, como uma das nossas traves mestras, preferimos deixá-la para os entendidos. E não é que alguém se inspirou na transcendência do Nosso Tesouro para compor uma melodiosa e deliciosamente sensual balada? Esta música, pedra angular da banda sonora do filme das nossas vidas, teve um papel derradeiro no desenrolar da espiral das mais variegadas cenas que ilustram a nossa doce felicidade. Cada verso, cada palavra, cada sílaba são a mais fiel réplica da nova alma que o mais sublime arauto do destino depositou nesta errante convalescente do momento.

Embora corrobore a tese de Caeiro, que reitera que todas as cartas de amor são ridículas, aliás, não seriam cartas de amor se não fossem ridículas, hoje, embora, podendo correr o risco de soar um pouco burlesco, não poderíamos deixar de dedicar estas humildes palavras ao incansável arquitecto deste mundo onírico em que vivemos.



Um beijo,
Lurdes e Beatriz

domingo, 4 de novembro de 2007

Prenda da Filhota



O papá soprou hoje 34 velas. E agora que a troca dos dígitos da sua idade já não o favorecem resolvi fazer esta surpresa para o compensar. A mamã disse-me para eu ser sincera porque as crianças são genuínas e como achei esta mensagem a cara do meu pai pedi-lhe que oferecesse esta camisa para eu vestir. Não é o máximo? Terá isto a ver com o complexo de Electra que o meu coco favorito me contou?

sábado, 3 de novembro de 2007

One (19 semanas - T2)



A música é o mais fiel dos companheiros da alma. Personifica o nosso estado de espírito de tal forma que se torna no tempero essencial para as grandes emoções. Uma música em especial têm me acompanhado nas grandes decisões da minha vida. Nas notas soltas desta melodia encontro sempre a direcção a seguir em cada estrofe da minha caminhada. E desde que partilhei este segredo com a minha guia serei...será...seremos...ONE. Esta é a música da minha vida que dedico à nossa special ONE que agora faz parte desta composição a três.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Geração Enroscada (19 semanas - T2)


Vicente Jorge Silva, na sua habitual verborreia, baptizou, na década de 90, a nossa geração de “rasca”. Claro que rapidamente foi renomeada de “enrascada”. De facto, andávamos sempre “à rasca” de dinheiro, “à rasca para passar de ano”, “à rasca para entrar na Universidade, “à rasca” para tirar a carta, para o pai nos emprestar o carro". Enfim, o supostamente normal para um puto de tenra idade que começa a sair do armário e a cortar os primeiros pêlos de um orgulhoso bigode, sinónimo da sua masculinidade. E não é que éramos felizes?!

Depois de 30 anos de liberdade conquistada, parece que regredimos ao ponto de convivermos com a maior falácia da educação. Liberdade não é libertinagem, ajuda não é facilitismo, realização não é materialização. Devido às inúmeras solicitações a que hoje estamos sujeitos, o papel activo de um filho em crescimento está hoje de tal forma diminuído que nos arriscamos a ser produtores de uma nova expressão: “a geração Enroscada”.

Porque não deixam as crianças enroscar sozinhas e conquistar a sua própria liberdade? As crianças não são como os móveis que vêm já pré-fabricados, é no seu desenvolvimento que vão construir a sua aprendizagem. Não será saudável esfolar os joelhos, um ou outro ponto de cosedura, o belo do gesso para os amigos assinarem e outros pequenos acidentes resultantes de um fenómeno tão peculiar como o chamado “abre olhos” que permite aumentar as defesas do seu sistema imunitário?

Não estamos a ajudar as nossas crianças quando legitimamos o absentismo às aulas e o laxismo a que a estatística nos obriga. É necessário cultivar o mérito e a excelência para termos futuros adultos realizados e conscientes das suas responsabilidades. Deve-se ensinar a pescar e não dar o peixe de mão beijada sob pena de estarmos a fomentar o aparecimento de pequenos ditadores sem rumo.

Espero que os ajustes necessários a uma revolução de mentalidades alterem os contextos em que esta evolução desenfreada nos deixou. Espero não cair em tentação pois pretendo que a nossa filha possa apertar os parafusos do seu futuro.