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terça-feira, 25 de setembro de 2007

Enxoval – A primeira palavra (13 semanas)

Uma nova palavra passou a fazer parte do nosso léxico gramatical. Esse termo neo-classico que de vez em quando ouvíamos soletrar os nossos avós sem perceber bem o seu significado passou a fazer parte das nossas conversas.
Segundo a wikipédia Um Enxoval é conjunto de objectos para uso doméstico ou pessoal (roupas, louças, etc.) que as mães vão reunindo para as filhas ou filhos usarem na sua vida após o casamento. Aqui estão incluídos os míticos naprons, os indispensáveis lençóis bordados, as monumentais fronhas, para além de outros tantos objectos de cozinha que (para aqui que ninguém nos ouve especialmente a minha avó) teriam tanta utilidade como a nossa Ministra na pasta da Educação.
Ora aqui está a razão pelo qual eu nunca me entusiasmei com enciclopédias. Afinal o termo de enxoval pode ter outras utilizações. E passados estes anos dou por mim a dar subitamente interesse a esta palavra que, pelo facto de ter alterado o significado de outras tantas palavras, modificou o nosso quotidiano.
Assim, a palavra “Prenda” deixou de ter o significado de oferta pessoal de um bem desejado. Agora utiliza-se para compra de um objecto necessário para o bebé. Desta forma o dia de namorados, casamento, aniversário, natal, pascoa e outras festas afins passam a ser óptimos pretextos para comprar uma recordação para o Enxoval do bebé em vez da tão esperada prenda pessoal. (lá se vai o meu perfume patcholi)
O termo “Subsídio de Férias” deixou de querer significar suplemento de ordenado para gastar numas férias à sombra de uma qualquer palmeira tropical. Agora significa uma boa oportunidade para comprar a parafernália de utensílios necessários ao crescimento do bebé. (Cruzeiro no Adriático , o sonho adiado)
A palavra “Miminho” deixou de ser usada com conotação carinhosa para uma pequena excentricidade que satisfazia os nossos mais requintados gostos. Agora passou a ser um gesto de afecto obrigatório para o regular crescimento do nosso bebé e aplicado a todas as actividades que estejam directamente relacionadas com esse objectivo. (SPA – uma miragem)
Pois é, perdemos o direito de ser felizes sozinhos. Partilhar é um estado de espírito que faz de nós seres altruístas capazes de dar tudo em prol de uma pequena pipoca que, embora esteja ainda na cozedura da barriga da mãe, nos faz rever as prioridades. Andam os pais azafamados na procura da primeira palavra do seu rebento, quando afinal eles muito antes de nascerem já devem pronunciar em tom altivo e estridente “O meu Enxoval?”.
Nada a fazer, o melhor é esperar pelo Natal de um dos próximos anos, onde, a pretexto de presentear o nosso bebé, poderei finalmente comprar a tão desejada playstation para “nós”.

3 comentários:

saltarica2002 disse...

Se tudo já faz sentido agora, imaginem quando tiverem a aportunidade de usar dois dos mais maravilhosos sentidos quando temos um bébé: o tacto e o olfacto! Nada é tão delicado, não há cheiro como o de um bébé...mesmo quando a fralda está suja:)
Adorámos o comentário, amámos a metáfora do coco; é mesmo isso, Tio Malta, acertaste em cheio Beijufas aos três!

Anónimo disse...

Um filho é uma mistura de emoções e sentimentos. É tudo aquilo que vos assola os pensamentos e muito mais, acreditem:):) (fala a voz da Experiência).
Tou mesmo a ver que no próximo Natal, vou ter de comprar 3 babetes. Até lá, tentem não estragar o teclado do PC, com tanta baba.
Joquinhas ao(a) pimpolhinho(a) e aos papás.
SF, a tia "emprestada"
P.S. Tamos MUITO FELIZES por voçês. MERECEM!

Anónimo disse...

Até o vocabulário fica enriquecido com a vinda de um bébé...agora imaginem o que vai enriquecer mais nas vossas vidas daqui em diante...
Perfumes... cruzeiros... spas... apenas uma questão de adiamento... gostei dos trocadilhos....
E continuo a sentir-me uma tia/avó babada...rsrs
Bjocas aos três
Tia