badge
Lilypie 1st Birthday Ticker

domingo, 30 de dezembro de 2007

O Balanço do ano


Ao soar das 12 badaladas que recebem o novo ano fazemos o balanço de outros tantos meses com que preenchemos mais um ano de vida. Para trás e para a frente de forma a ganhar balanço lançámos o futuro que fará de 2008 um ano Vintage. Para nós só falta provar deste néctar de esperança que fermenta na pipa mais desejada da colheita 2007. Um ano que deu frutos para a hora da vindima podermos degustar desta salada de vida que se renova a cada gesto de carinho com que árvores de copa larga nos abraçam. 2007 foi o ano de maior realização pessoal que eterniza a nossa memória.

Para aqueles de quem muito gostamos desejamos um ano tão bom como foi o de 2007 para a nossa família. E porque melhor não poderia ser aqui ficam os momentos do ano:

Fruto do Ano: Cogumelo
A foto do ano: Beatriz a provar do seu doce quando xuxa no dedo.
Cor do ano: Rosa Predictor
Barriga do ano: Pai solidário que acompanha o crescimento da sua cria.
Best Mamy: Lurdes meloazinha
Desportista do ano: Espermatozóide que deu vida à nossa mais desejada.

A mais desejada do ano: Beatriz Martins Malta

sábado, 29 de dezembro de 2007

Pinceladas de Amor (27 semanas - T2)


Alguem disse que o Natal é sempre quando o homem quiser. E quando se juntam as Tias de Carvalhais para mais um convívio de amigos este espírito prolonga a festa que faz desta quadra uma boa razão para presentear os que mais gostamos. Neste contexto a mais desejada trouxe para casa mais um cabaz de prendas (e que prendas...). Pinceladas de amor que ajudam a compor este quadro colorido que inunda a nossa vivência. A Beatriz agradece e os pais cogumelos levam para a casa a certeza de ter uma familia feliz cheia de tias.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

á á á, já vamos na 27ª semana



Para esta semana uma nova versão da canção de roda "á á á minha machadinha". Sinais do tempo que alteram a nossa musicalidade fazem desta música um remix de Hip Hop com Chil Out. Letra cheia de mensagens subliminares mais parece uma canção para adultos. Talvez uma forma de chegar mais facilmente à consciência dos seus cantadores.

A Bia tem andado muito ocupada com a preparação da sua nova casa. Esta semana já nos escreveu o "Tou" com que vai entrar no ano de 2008. Veja no sitio habitual...

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Natal 2007 (26 semanas - T2)


Um pijama e 23 rabanadas depois estamos de volta com mais algumas gramas de doçura. A balança até foi generosa para quem desfrutou da recheadissima mesa de Natal com que a incansável mamã nos brindou neste Natal. Muita comida, ainda mais alegria e claro como não podia deixar de ser o belo do pijama que este ano presenteou a progenitora de serviço que numa fisgada de sorte destronou o já consagrado Pijama Star.

Estes foram os ingredientes do ensaio geral para a recepção da nossa mais desejada que para o ano fará do nosso Natal um momento ainda mais especial. Para já, com os motores em aquecimento, a atenção da família focaliza-se no epicentro da nossa felicidade. A Beatriz não deixou por corações alheios a vontade de retribuir o mimo que a envolve e por isso puxou da cartola 9 Tuns que juntos vinculam o amor a que todos estamos intrinsecamente ligados. E como uma imagem vale mais do que 1000 palavras aqui fica a melhor prenda que podemos oferecer num Natal iluminado pela estrela que brilha nos nossos pensamentos. Espera… ouviram…escutem…sim..o bater do coração… é grande a emoção que nos preenche a alma a cada tum que recebemos. É este o significado do meu Natal que materializo junto daqueles que mais gosto.

Entrámos na 26 semana com o “Tou” a viajar, e para o "porquê da semana" deixá-mos a revelação de uma das mais conhecidas fábulas de Natal: Porque é que dizem que os duendes guardam um pote de ouro no fim de cada arco íris? Descubra-o no sitio habitual desta rubrica e abra este pote de surpresa carregando no link que ai encontra.

Este ano, o Pai Natal esbarrou na esquina do Lote 55 do ninho do Viriato. Quem ficou a ganhar foi a nossa Beatriz que sobreviveu à avalanche de presentes que o coro de Tias lhe vieram cantar. Pode ouvir esta sinfonia na Bia Fashion Gallery que esta semana na edição especial de Natal nos mostra a mais especial das partituras com que podemos embalar a musa do nosso Natal. A Bia agradece a todos os compositores que tornaram possível este recital. Procure na barra lateral do Blog no sitio habitual.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

A todos um bom Natal... (26 semanas - T2)



A cantiga de roda desta semana recua ao meu imaginário de Natal. Em época de festas nada melhor que recordar uma das versões mais populares do famoso Coro de Santo Amaro de Oeiras. Quem é que não se lembra deste grupo que pontificava sempre as galas dos pequenos cantores e nesta quadra enchiam-nos a casa de música? Por isso cantem todos numa só voz:



A todos um bom Natal...



Estamos quase de partida para o 3º Trimestre que começa com o novo ano. Por isso a Beatriz fez as malas para mudar de casa. É só darem uma espreitadela ao "Tou" da semana no sítio habitual.



quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Salada de Desejos (25 semanas - T2)



O Natal é uma festa de familia. Por isso os 3 cogumelos desta familia desejam aos restantes frutos que têm partilhado esta terrina de emoções, um Natal iluminado de coisas boas.

Tertulias com sabor (25 semanas - T2)


A primeira luta titânica que pais afoitos das suas responsabilidades travam com os seus rebentos começa à primeira colherada de cada refeição. Uma disputa nutritiva que apela à nossa criatividade para podermos chegar ao fundo do prato. Engendram-se tácticas mais ou menos ridículas que apelam à nossa paciência. Todo o tipo de palhaçadas são permitidas. Referências a antigos fantasmas que possam demover as crianças de fecharem a boca são arremessadas para a conversa. Utilizações de pequenas peças de teatro fazem de nós actores de sucesso. Até inventamos ruídos esquisitos para compor o libreto que possa entreter o nosso mais desejado.

E nestas tertulias de sabor quando conseguimos a atenção do nosso companheiro de luta começam a assolar as dúvidas que ecoam pela parede da cozinha:
Quando começar? Que comida dar para o bebe? Como preparar a comida do bebe? O que não dar ao bebe? Quais são as necessidades do bebe? Como ter tempo de preparar uma comida saudável para o bebe? Como elaborar um cardápio nutritivo? Que quantidade ele precisa?

É curioso como alguns anos depois estes pressupostos mudam de barricada. A luta passa a ser entre o nosso aparelho gustativo e a consciência alimentar que entretanto nos incutiram. As armas de guerra são substituídas. O babete é trocado pela balança como instrumento de controlo. As papas transfiguram-se em doces ricos de tentação.

Estas rotinas alimentares acompanham-nos por toda a vida dividindo-nos em dois grupos: Aqueles que comem para viver e os que vivem para comer. Adivinhem a que grupo eu pertenço…

terça-feira, 18 de dezembro de 2007



Parabéns à Coco Aunt. Os 3 cogumelos do viriato oferecem a sinfonia que vai dar ainda mais cor a este dia.



sábado, 15 de dezembro de 2007

Amor Perfeito (25 semanas - T2)



Duas palavras para descrever o concerto de Maria João neste fim-de-semana no Teatro Viriato: Amor-perfeito. Para quem conhece, existe uma flor de mesmo nome que na sua aparente fragilidade nos consegue surpreender com uma colorida resistência capaz de espalhar uma perfeita harmonia bucólica.

Maria João como a flor de seu nome são forças da natureza que genuinamente nos conseguem colar a emoção ao peito. Um espectáculo comovente onde as raízes africanas fazem transbordar o misticismo de cada dialecto cantado. O auge da versatilidade para quem faz da voz um instrumento perfeito de dialogo com o público. Há coisas memoráveis, que guardamos na nossa pequena caixa de recordações. Maria João com a sua habitual subtileza, sensibilidade e espontaneidade conquistou um lugar especial na minha galeria de memórias.

Ainda por cima também é moçambicana e melhor, já eternizou com Mário Laginha numa simbiose perfeita o nome da nossa mais desejada. Será por isso que a Beatriz pulou de contente na barriguita da mãe a cada compasso deste concerto. Digam lá se não tem bom gosto. Sai ao pai que como a Maria João já encontrou o seu Amor Perfeito.

Depois de plantarmos a semente esperamos ansiosamente pelo dia de levar a nossa flor a ver aquela que tão bem canta o seu nome. Fiquem com um cheirinho da Beatriz nesta sublime interpretação de Maria João que acompanhada por Mário Laginha nos canta o original de Chico Buarque numa fusão de culturas e afinidades.

Fraldas para que te quero (25 semanas - T2)



Quem disse que já não há fraldas de pano?
Quem disse que a costura está ultrapassada?
Quem disse que já não há tias prendadas que se oferecem para bordar o enxoval da Beatriz?
Quem disse que os enxovais estão fora de moda? (ahhh, esta foi eu. Mas 42 posts depois os pais babados costumam mudar de opinião)

Pois é, aqui está um bom exemplo de como através de um simples bocado de pano se pode escrever o espírito de partilha e amizade que a elegante Kitty corporiza nesta prenda dos tios ananases.

Esperemos que a não tenha de lavar muitas vezes…

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Ohhhh...Chega...Chega a 25ª semana



Hoje comemoramos os 100 anos do nascimento de mais uma Beatriz especial. Para a menina da franja, ícone da cultura popular portuguesa um beijo da sua homónima. A princesa do cinema português que perdura na nossa recordação acompanha o "Tou" da semana. A nossa Beatriz já embrulhou a prenda de Natal que irá oferecer aos seus papas. Vejam no sítio habitual na barra lateral onde pode encontrar mais um porquê que esta semana se converte num desabafo humanista tão próprio desta época de fraternidade. Por isso chega...chega...chega-te a nós e partilha a nossa alegria.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Pinceladas de Vida (24 semanas - T2)

Bic Laranja? Bic Cristal? Chuchar express... Bongo, o bom sabor da selva?! A Pipi das Meias Altas?!?! (que saudade...) Era uma vez os três, os pequenos moscãoteiros, Não há tristeza para a nossa abelha Maia, Maaaaaiaaaaa!!! (arrepios....), Hey hey Vicky, hey Vicky hey, o TOPO GIGIIIIIOOOOO!!!!!!, É o fungagá, fungagá da bicharada! , Eu sou o avô cantigas, todas as crianças são minhas amigas!, Está na hora da caminha, vamos lá dormir....... (nostalgia...)


Pinceladas de uma vida colorida que nos traz à recordação momentos encantados que salpicaram a nossa juventude. Para os guerreiros do clã dos anos 80 que participaram nesta revolução de mentalidades aqui está o muro que delimita a fronteira de uma nova era.

Assim se pintaram tijolos que sustentam as nossas melhores recordações. Por isso, em muitas conversas de café, cruzamo-nos com referências a esta época. É como pegar numa lata de spray para enfeitar o muro. Quem viu o debate parlamentar deste mês, deparou com uma situação desta quando Santana Lopes comparava o Primeiro Ministro ao "Homem da Regisconta" . Que grande pincelada.

Mas como outros muros, com a evolução natural dos tempos os tijolos vão sendo substituídos para dar espaço a outras manifestações artísticas. Assim aparecem outros interesses, outras formas de linguagem, outros mandamentos. Aqui ficam os dez mandamentos que fazem da Beatriz e de todos que a quiserem seguir mulheres e homens de uma nova geração:


  1. Há anos que não jogas paciências com cartas de papel.
  2. Tens uma lista de 10 números de telefone para falar com a tua família de 3 pessoas.
  3. Envias um e-mail ou ligas-te ao Messenger para conversares com a pessoa que trabalha na mesa ao lado da tua.
  4. Usas o telemóvel na garagem de casa para pedir a alguém que te ajude a levar as compras.
  5. Se te esqueces do telemóvel em casa, ficas apavorado e voltas para buscá-lo.
  6. Conheces o significado de lol, tbm, qdo, xau, msm, dps...
  7. Não sabes o preço de um envelope comum.
  8. A maioria das anedotas que conheces, recebeste por e-mail (e ainda por cima ris-te sozinho.
  9. Quando o teu computador pára de funcionar, parece que foi o teu coração que parou. De manhã a primeira coisa que fazes, antes de tomar o pequeno almoço, é ligares o computador e ires ao Blog da Beatriz.
  10. Estás a ler este post e estás a concordar com a cabeça e a sorrir.

Little Angel (24 semanas - T2)

Um anjo está para chegar. Na Bia Fashion Gallery encontra as asas do mais dos desejados anjos que vai voar pelos nossos pensamentos. É o novo modelito para aconchegar o nosso Little Angel. Abrace-a no cantinho desta rubrica...

domingo, 9 de dezembro de 2007

Profissão de Futuro (24 semanas - T2)



A edição desta semana da revista visão apresenta um estudo estatístico sobre as profissões do futuro. Curiosamente ou não, entre o top ten encontra-se a profissão de Pai/Mãe. De facto é uma condição que nos envolve a tempo inteiro. Não podemos ser progenitores a part-time, não existe espaço para ambiguidades, não se pode delegar esta função sem assumi-la com sentido de responsabilidade. Não há bons e maus pais, há pais que como pais devem estar conscientes do seu trabalho. Porque ser pai não é simplesmente uma função biológica é necessário investir nos afectos que possam vincular as relações familiares.

Parece-me que o ruído gerado em torno do decréscimo da natalidade nos povos ocidentais tem reduzido esta questão à condição económica. Mas será que estamos mais pobres do que os nossos antepassados? Claramente que não. Os contextos é que mudaram, redefiniram-se os papéis, alteram-se as prioridades. Deve-se olhar o problema a montante, já que, na minha opinião, este resulta de factores sociais que alteram o ajustamento das famílias às sociedades contemporâneas.

É verdade que as politicas de natalidade se resumem a pequenas gratificações que são insuficientes para as despesas de tal situação. Mas quando se fecham escolas primárias, sap’s, maternidades e outros serviços fundamentais à fixação de pessoas hipotecamos muitos mais nascimentos. E se pusermos a mão à consciência esbarramos com progressões de carreira, estabilidade profissional, reciclagem de automóvel, troca de casa, qualidade de vida, liberdade para viajar e outros argumentos que se vão utilizando para anestesiar o melhor dos nossos instintos: A vontade de procriar.

A paternidade, na verdadeira assunção da palavra é a mais gratificante das profissões. E melhor, não há desemprego nem quotas que limitem esta ocupação. Por isso mandem um currículo ás vossas companheiras para se juntarem à nossa classe.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Indo eu Indo eu... (24 semanas - T2)



A caminho de um parto anunciado, cruzamos esta semana com um dos hits do top infantil. Uma versão académica trazida pelos conterrâneos da "Infantuna" bem conhecidos da nossa mamã (espera, esquecia-me que os tunos só aparecem em época de exames, que saudades...). A canção de roda desta semana tem duplo significado. Além de ser uma recordação é uma constatação. Dá voz à cidade museu, cúmplice das minhas vivências, que me viu crescer. As terras de Viriato viram nascer outros grandes guerreiros que com a sua arte souberam dignificar esta cidade jardim. Grão Vasco, Aquilino Ribeiro e D.Durte são os nossos mestres de cerimónia, mas a partir de 2 de Abril nascerá mais uma razão para celebrar esta viveiro de realeza. Por isso a partir desta data cantaremos:

"Indo eu indo eu a caminho de Viseu;
encontrei a Beatriz, Ai Jesus que é tão bonita;
Ora Zus, Truz Truz;
Ó Jesus Traz Traz;
Ora Chega...e põe no colo;
No colinho dos papás. "

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

As minhas mulheres (24 semanas - T2)



24 semanas depois aqui está o meu pote de mel que carrega no seu ventre o Quilinho de açúcar mais desejado deste Natal. Uma surpresa da Bia que oferece neste Post uma flor à melhor mamã do mundo. Mais palavras para, quê são as mulheres da minha vida...

Sexta-feira é dia de balanço semanal, por isso espreitem o Tou da semana com que a nossa Bia nos brinda. O "porquê" da semana encontrou um aparelho fantástico para pais pintados de fresco.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Os Bravos do Pelotão (23 semanas -T2)




Não! Não são os marines de qualquer armada imperialista comandada pelo cowboy Buch. Não são os sofridos lutadores de wrestling que empolgam os seus fãs a cada toque artístico de ataque pessoal. Os bravos do pelotão somos todos nós que nascemos na década de 70. Sim, segundo os novos pedagogos, pediatras da nova geração e elementos da armada ASAE não estaríamos vivos. Somos estóicos sobreviventes que soubemos resistir a todos os perigos que imputam a esta nova geração.

Quem não se lembra do sabor do óleo de fígado de bacalhau, uma luta desigual que a cada colherada nos deixava estarrecidos de “prazer” (nada comparado com o sabor dos modernos xaropes que mais parecem licores adocicados). Nunca ninguém percebeu bem as propriedades terapêuticas deste composto…e daí… quem é que hoje sabe explicar a origem de uma Virose?
Quem é que nunca lavou as orelhas com os pontiagudos cotonetes sem ferir mais os tímpanos que um concerto do ruidoso Marilyn Manson?!
Quem é que nunca bebeu água da mangueira do jardim e partilhou o copo de um refrigerante sem se preocupar com os micróbios alheios?!

Não tínhamos protectores para tapar as fichas de electricidade, fechos nos armários, frascos à prova de criança, brinquedos com rótulos da EU, chupetas esterilizadas, tintas anti-alérgicas, cadeiras ergonómicas e tantas outras coisas que são hoje consideradas essenciais à evolução humana.

Saímos de casa de manhã e brincávamos o dia todo até escurecer. Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso. Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Caíamos das arvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos, mas sempre sem processos em tribunal. Havia pequenas escaramuças com os putos da rua, mas sem sermos processados (ou levarmos um estalo do Mourinho) Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes. Batíamos às portas de vizinhos e fugíamos. Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora.

Não tínhamos Play Station, X Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet. Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos à rua. Jogávamos ao elástico, íamos à barra, levávamos com a bola que doía especialmente em gélidos dias! Íamos a pé para casa dos amigos. Acreditem ou nãom, íamos sozinhos a pé para a escola, não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.

Criávamos jogos com paus e bolas. Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem, eles estavam do lado da lei. Esta geração produziu os melhores inventores e mais desenrascados de sempre. Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas. Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.

Por isso, caro amigo, se também conseguiu sobrevier a tudo isto é porque faz parte deste pelotão de elite de bravos revolucionários que cresceram em liberdade durante os anos 70 e 80.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Cantiga de roda da 23º semana



Mais uma música do meu imaginário que preenche os infantários e outros espaços de crescimento das nossas crianças. Uma versão desactualizada porque hoje já ninguém escreve cartas de amor. Onde se lê "leva-me esta carta" deveria ser escrito "manda-me este e-mail" ou "escreve-me este SMS". Onde se lê "ao meu namorado" deveria ser lido "ao meu companheiro" ou "amigo colorido" ou ainda "colega de curte".

Cantem o mais que puderem, porque já diz o ditado quem canta seus males espanta.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Os novos consultórios (23 semanas - T2)


No fio de novelo desenrolado a cada conversa de consultório tricota-se retratos sociológicos peculiares. A cada suspiro que se solta na expressão carrancuda dos seus pacientes forma-se o epicentro de uma onde de choque que percorre rapidamente o pensamento das pessoas que ocupam a sala. Ao puxar de um enigmático “é uma vida…” monta-se uma teia de expressões fatalistas tipo “coitadinho…é o pais que temos…Deus nos ajude…” que são usadas para completar espaço na cadeia de conversas que percorrem toda a sala.

Fervilho de inquietude a cada visita que tenho de fazer a centros de saúde, consultas externas e outras salas de espera de qualquer hospital. Pior que estar doente é ouvir falar de doenças em sítios enfermos aonde temos de nos deslocar nessas situações. Procuro evitar o olhar que acenda o rastilho de mais um queixume, mergulho no ecrã do telemóvel que serve de prancha de salvação ás correntes de desabafos estridentes, folheio revistas cor de rosa para abafar conversas fatalistas que ecoam por todos os cantos onde nos encostamos. Somos engodo fácil para profetas do desalento. Mas será que as pessoas ainda não perceberam que para as ajudarem têm de se deixar ajudar. Prefiro ser autista nestes viveiros de fatalismo que espelham o sentimento infeliz de dó tão característico do povo Lusitano. Já é tempo de rasgar a folha do dicionário onde se escreve "pena".

Mas nesta viagem que nos leva à mais desejada das bebés descobri um oásis no meio desta realidade. Existem ilhas perfeitas que nos abrigam de pessimismos em cada encontro com alguém de bata branca. Os (também) consultórios de Obstetras e Ginecologistas são pródigos em momentos de ansiedade e relaxamento (lembram-se de mais alguma coisa que se pareça com estes estados? Seus marotos…). A realidade neste contexto é transfigurada. Os suspiros são substituídos por olhares indiscretos que procuram a maior barriga, os queixumes são comutados por relatos orgulhosos de novas sensações, as conversas fatalistas convertem-se em manuais de puericultura óptimos para pais inexperientes. E neste espaço de esperança as futuras mamas saem mais seguras do que quando entram e carregam ares felizes de uma nova vida que as espera.

Afinal as horas infindáveis de espera podem também nos trazer alguma mais valia, nem que seja o texto de mais um post para mostrar à Beatriz.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Porquê da semana... (23 semanas - T2)

O porquê desta semana é multimédia e aborda o complexo de electra. Uma miguita da Bia de seu nome LiLi (não é essa, é um pouco mais nova e ainda não fez nenhum lifting) vem-nos cantar as suas dúvidas de bebé curiosa. Para se irem habituando a esta avalhanche de perguntas, continuem atentos a esta rúbrica semanal desta fantastica epopeia (no sítio habitual)

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Espelho meu, Espelho meu... (23 semanas - T2)



Espelho meu...Espelho meu haverá alguma grávida mais elegante do que eu?

O reflexo de uma mãe orgulhosa do seu rebento, reluz na direcção do berço que a vai embalar. São 22 semanas de gestação, 2,5 Kilos de fermentação que abraçam esta forma untada de carinho. Por isto este ano em vez de filhoses vamos ter no Natal uma Filhosa para alimentar uma família sedenta de novos membros. Afinal a barriguita do progenitor será útil para a encenação de Pai Natal que espera na gaveta pelo momento de entrega de prendas sempre regado com o pijama da moda e uns quantos pares de slipes. Para o ano será diferente, pois agora passa a ver um novo eixo de atenção.

Encerrou a 3º votação destas epopeia que não me deixa menos "apreensivo". O resultado expressa a dicotomia de sexos a que estamos votados. 43% dos votantes acham que a estatística me desfavorece (resta trabalhar para recuperar o equilíbrio masculino), 43% acham que é melhor arranjar mais espaço para conseguir arrumar a parafernália de utensílios necessários à sobrevivência das fêmeas da nossa espécie. Estas foram as maiores "preocupações" manifestadas neste inquérito de opinião que será tido em conta no planeamento no meu programa de acção. Aproveitando a foto da semana, foi colocado à vossa disposição mais uma votação. Os entendidos na matéria podem arriscar um prognóstico sobre o peso com que a princesa Beatriz vai aparecer no mundo. Como este verão ganhamos o nosso Euro Milhões queremos por à prova a sua sorte para ver se são boas balanças. Bons palpites...

P.S: Oferta de fraldas a quem acertar no peso.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Revisão dos 22.000 (22 semanas - T2)

Está feita a revisão dos 22.000. Mais uma visita ao mecânico (diga-se Doutor), mais um cheque de 75 euros (ainda dizem que os carros dão despesa), mais 3 horas de espera (depois desta estou preparado para qualquer espera numa qualquer repartição das finanças) para comprovar que está tudo afinadinho dentro do percentil indicado para esta altura.

550 gramas depois, estávamos a olhar de novo para a nossa mais desejada. Um poço de virtudes no alto dos seus 23 cm de chassi. A piquena continua a crescer no útero bem jeitosinho da sua mama que faz jus à sua condição de grávida elegante.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Cantigas de Roda (22 semanas - T2)





Quem é que não se lembra da Dona Chica que atirava o pau ó gato. Em catraios cantaram-nos isto centenas de vezes, muitas das quais para nos acalmar! Agora que somos crescidos, já repararam na letra desta música de crianças? Não bastava atirar o pau ao pobre do gato e ainda a dita senhora se admira por ele não ter morrido. A letra termina com um arrepiante miiiiaaaaaauuuuuuuuuu.

Num destes dias tropecei numa nova versão desta cantiga de roda que agora substitui o Pau por Peixe ficando desta forma uma letra mais harmoniosa. É obvio que nunca levei à letra esta música, até já tive um gato a quem atirava comida em vez de paus. De qualquer forma é de bom senso modificar a rima desta música para não atiçar a liga protectora de animais e sem alterar o ritmo podemos cantar uma versão mais consensual.

Para recordar esta e outras músicas irei partilhar convosco algumas letras que fazem parte do meu imaginário infantil. Um espaço de nome “Cantigas de roda” para cantar à Beatriz à volta do berço. Quem quizer cantarolar é só seguir o refrão no sítio do costume - a barra lateral do blog. Para começar esta nova versão do “Atirei o Pau ó gato”

Era Digital (22 semanas - T2)


Com a semente da sociedade de informação apareceram novas mutações em crianças que crescem na era do digital. A disgrafia funcional, que se denota a cada K que usam nas suas mensagens instantâneas, está a alterar a sua forma de escrita. Não é raro ver em textos mais formais como testes de avaliação, requerimentos e outros documentos oficiais de suma importância, referência a estes tropeções gramaticais. Para professores e educadores que correm atrás do prejuízo, não é fácil esta luta constante contra a iliteracia que se vai instalando.

Peritos em gadgets, computadores pessoais e outras tecnologias de comunicação, as nossas crianças estão a potenciar o «lap» geracional que tem mudado o paradigma de educação. Como consequência, muda radicalmente o conceito de autoridade na família, nas escolas e noutras instituições que se vêem limitados na sua acção de controlo e orientação sobre uma nova realidade que desconhecem.

Multiplicam as redes sociais virtuais onde os jovens fabulizam relações à sua medida, perdem-se nas teias infindáveis de plataformas como Hi 5, reduzem os seus contactos a mensagens de texto desprovidas de afectos onde as emoções são substituídas por smiles pré-formatados. Neste contexto têm aparecido programas como o “Second Life” onde os feedback humanos se reduzem a contactos com os chamados “Avatares”, personagens virtuais que representam uma vida digital de alguém que perde muitas horas neste circo de plástico.

Assim é hoje muito estimulada a euforia acrítica com as possibilidades oferecidas pelo computador. Como se a máquina fosse a grande panaceia, a protagonista da história. Como se o resultado de seu emprego fosse sempre positivo e não dependesse das escolhas humanas. Essa utopia tecnológica desprovida de senso crítico é um engodo.

As máquinas foram feitas para servir o homem, não para servir o cérebro. É necessário combater a atrofia cognitiva a que os nossos jovens estão confinados neste cocktail tecnológico que lhes foi servido. Melhor prova disso é o recente concurso diário da RTP onde jovens com menos de 30 anos soluçam respostas descabidas, denotando falta de bases em áreas tão elementares como o cálculo, aritmética e estudo do meio que reflectem a falta de ginástica mental que hoje os meios automáticos nos estão a roubar.

Como em tudo na vida, é necessário tirar partido do que de melhor as coisas têm para nos oferecer. Por isso, companheiros de trincheira, toca a exercitar a criatividade dos nossos filhos para que o uso destas ferramentas não seja em si mesmo um fim mas um meio para chegar mais longe.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Bonecos de Trapos (22 Semanas - T2)


E se alguém lhe oferecesse uma boneca de trapos?

Seria dar importância ao nosso artesanato?
Seria valorizar as nossas tradições?
Seria recordar o tempo dos nossos avós?


Não! Seria com certeza um misto de tudo isto, mas sobretudo uma forma de “Revival” tão comum aos modernos artistas plásticos. Não há nada mais genuíno que reviver o passado dando um toque de modernidade aos objectos do nosso quotidiano.

Numa sociedade de grande solicitação onde os brinquedos são usados de forma efémera, ao ritmo de padrões de consumo que nos tornam reféns de modelos predefinidos, é difícil resistir a estes chamamentos.
Como é que combatemos a futilidade ao comprar uma Barbie que carrega com a sua imagem a filosofia da mulher de plástico? Como é que combatemos a agressividade dos nossos filhos quando oferecemos figuras de Wrestling que representam um circo de violência que as nossas crianças possam confundir com a realidade? Como é que combatemos a mediocridade quando nos esquecemos dos nossos catraios em frente à Tv seguindo horas a fio a entediante Floribela para logo a seguir correrem para as lojas à procura de todo o marchandise associado?

Uma dica:
Clica para veres...

Procurem por entre os fantásticos bonecos de Rosa Pomar a expressão que quero dar a este Post. Estes bonecos fazem lembrar-me outros bonecos que uma tia modista de seu nome Lucília fazia com os restos dos tecidos que sobravam dos vestidos que costurava. A minha homenagem a todos os artesãos que não deixam calar as nossas tradições.

Novidades da 22º Semana

Hoje 3 em 1. De uma assentada só o "Tou" da semana que nos traz uma nova competência adquirida pela sua autora, um novo/velho modelito para ver na "Bia Fashion Gallery" e um novo Porquê para reflectir no fim de semana. São três desejos num só como o ovo kinder que as crianças (e não só) gostam tanto.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Patchwork - um presente com vida


As recordações são o nosso património genético. Valor indestrutível que nos preenche a cada desfolhada da nossa vida. Pequenos prazeres, curtos momentos, fragmentos da nossa historia, pedaços de nós que transpiram a cada poro da nossa alma.

Com o tempo os objectos vão envelhecendo enquanto os nossos pensamentos se vão maturando. Com o tempo os nossos presentes vão ficando desactualizadas enquanto as nossas recordações se reinventam. Com o tempo os nossos brinquedos vão-se perdendo enquanto os nossos afectos se vão refinando.

A emoção é a riqueza que nos faz seres especiais. Por isto neste Natal em vez de bens materiais procura um pouco de ti. Desperta a tua imaginação para oferecer um momento especial a quem faça parte das tuas memórias.

Nesta interacção com os outros construímos uma espécie de P a t c h w o r k onde se vão juntando retalhos de vida que fazem a história de cada um parecer uma manta composta de coloridas recordações que se encadeiam numa infinidade de formatos variados.

Por isso peguem na vossa agulha e ajudem a tricotar mais uma manta de Patchwork para prolongarem a vossa existência para além da vida terrena.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Um dia para não esquecer (21 semanas T2)


No dia 20 de Novembro de 1959, por aprovação unânime, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a Declaração dos Direitos da Criança. Constitui ela uma enumeração dos direitos e das liberdades a que, segundo o consenso da comunidade internacional, faz jus toda e qualquer criança. Condensada em dez princípios cuidadosamente elaborados e redigidos, a Declaração afirma os direitos da criança a protecção especial e a que lhe sejam propiciadas oportunidades e facilidades capazes de permitir o seu desenvolvimento de modo sadio e normal e em condições de liberdade e dignidade.

Para os mais esquecidos aqui ficam alguns dos direitos consagrados nesta Declaração:
"...O direito a um nome e a uma nacionalidade, a partir do nascimento; a gozar os benefícios da previdência social, inclusive alimentação, habitação, recreação e assistência médica adequadas; no caso de crianças portadoras de deficiência ou incapacitadas, o direito a receber o tratamento, a educação e os cuidados especiais exigidos por sua condição peculiar; a criar-se num ambiente de afecto e segurança e, sempre que possível, sob os cuidados e a responsabilidade dos pais; a receber educação; a figurar entre os primeiros a receber protecção e socorro, em caso de calamidade pública; a protecção contra todas as formas de negligência, crueldade e exploração; e a protecção contra todos os actos que possam dar lugar a qualquer forma de discriminação."


Por isso façam deste dia os vossos dias para que as crianças possam criar-se num ambiente de compreensão, de tolerância, de amizade entre os povos, de paz e de fraternidade universal.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Christmas Star (21 Semanas - T2)


Está aberta a época natalícia no ninho Viriato. Este ano a anatomia do pinheiro ganhou uma vida especial. No alto do seu esplendor, a iluminar esta festa, colocámos uma nova estrela. Um anjo salpicado de vermelho que preenche a casa com novas razões para viver o natal da forma que mais o sinto. É uma festa de família para a família que celebra a fraternidade e solidariedade ente os homens. Na sua essência é a celebração do nascimento daquele que nos deu vida. Por isso este é um natal especial que preparar a recepção do mais novo elemento deste clã. A Bia, que para o ano ocupara lugar à mesa, está já afigurada na decoração da nossa árvore de Natal.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Rábulas da 21ª semana

Entramos na 21ª semana com mais um porquê. A interrogação deste semana tem haver com o significado dos números e a sua interpretação geométrica. Um clássico para qualquer filme de David Lynch que nos torna reféns de associações mais ou menos esotéricas.

A Bia brinda-nos com um "tou" especialmente feminino, agora que começa a perceber o significado de tal condição. Na sua Fashion Gallery apresenta-nos mais um modelo, oferta dos Tios Ananás, que nos compram muitos beijos com este cogumelo Beneton. A Bia agradece com muitos Kiss.

A votação continua animada agora que todos os itens a concurso têm pontuação. A contabilidade do sexo está a par com o espaço para arrumação nestas preocupações de um pai atento à evolução da sua filha.

Não se esqueçam de procurar estas rábulas na barra direita do Blog...

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Expressão Popular (21 semanas - T2)



Para um genuíno beirão como eu, a identidade de um povo mede-se pelas suas tradições enraizadas em usos e costumes que caracterizam as suas gentes. Aquilino Ribeiro, expoente máximo desta forma literária, traduz as virtualidades da língua portuguesa num livro que faz parte das minhas memórias especiais. “O Malhadinhas”, obra emblemática de cultura popular, espelha o sentimento de pertença a uma comunidade a que faço parte com muito orgulho.

Neste contexto, não posso calar o meu espanto contra a fuga às origens que se vai efectivando a cada histerismo normativo que somos sujeitos. Num destes dias, esbarrei com o mais ridículo dos artigos do novo código penal português que me trocou as voltas ao ponto de me colocar na posição da loira do anúncio da Tv-Cabo. Então expliquem-me lá, como se eu fosse muito burro, como é que um simples piropo, esta pérola do calão português, possa dar 1 ano de cadeia ao seu autor.

Talvez para preencher as vagas abertas por delinquentes que entretanto são postos em liberdade, ou encher os bolsos de advogados que no seu discurso redondo evidenciam a inércia dos nossos tribunais atolados em processos risíveis. Um bom argumento para comediantes que facilmente transformam esta absurda lei em momentos de lazer.

Por isso caros compatriotas, vou continuar a comer castanhas embrulhados em papel de jornal; a ver anúncios que, apesar de sabermos serem ilusórios, nos mostram corpos saudáveis; e claro a preservar o vernáculo genuíno das nossas gentes lusitanas que servem de fio condutor à história de um povo.

E o que é que a Beatriz tem a ver com isto, perguntam vocês? Representa o nosso futuro que, espero, respeite o passado para poder compreender o presente. Não quero fazer parte de uma sociedade de plástico onde as memórias sejam escamoteadas.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Moscatel de Carvalhais (20 semanas - T2)


Para quem não acredita na nossa juventude, aqui está um bom exemplo do contrário. A sensibilidade de 2 das mais doces uvas do cacho de alunos que tivemos em Carvalhais prova a força e entusiasmo que um adolescente pode transmitir. Hoje tivemos a melhor das surpresas ao receber 2 presentes que juntaremos ao cabaz de natal da nossa Bia. Obrigado às meninas “moscatel” que ainda menores de idade nos oferecem uma lição de vida. E já agora, deixam-me acrescentar que a Bia adorou. Bom gosto.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Sunshine days (Meio do percurso)


Estamos já a meio da nossa epopeia. A virtude destes 140 Sunshine Days levam-nos a pensar nos próximos 140 dias de grande luminosidade que continuaram a aquecer estes dias de verão (espera, não estamos já em Novembro?)ou melhor, estes dias de tórrida esperança num parto anunciado. Como gosto mais do copo meio cheio do que ele meio vazio a partir de agora terei 140 novas razões para regar esta caminhada de sucesso que trará até nós o jarro do nosso contentamento.

Para comemorar este facto vou servir a partir de hoje uma nova rubrica. Bia fashion Gallery será um catalogo de mimos para apresentar os mais elegantes modelos que vestirão a modelo dos nossos sonhos. É só acompanhar na barra lateral deste blog.
A começar podem conhecer o modelo "agatha ruiz de la prada" que acompanhará o primeiro dia de vida da nossa princesa.

Para assinalar esta data, foi colocada a faixa comomorativa do 2º trimestre que passará a fazer parte deste blog.
Continuem a seguir os próximos episódios desta fantástica aventura...

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

O amor acontece (20 semanas - T2)


Porque o amor acontece, de forma simples e espontânea. Porque estamos a entrar no Natal, uma época de partilha e solidariedade. Porque gosto de comédia britânica, apresento-vos um filme ligeiro ideal para ver em família numa qualquer noite fria de inverno. “ O amor acontece” é um filme impregnado de espírito natalício que cruza 10 histórias de amor nas suas mais diversas vertentes. Um hino às relações humanas que consegue em duas horas de película envolver os espectadores numa hilariante missão: transformar vidas banais do nosso quotidiano em momentos mágicos que nos tornam seres especiais. E como neste natal um ser especial fará parte dos nossos pensamentos, esta é a música que iramos entoar nos dias que caracterizam esta época. Por isso e para isso cantaremos a uma só vós “all i want for christmas is you ”

Atenção, porque se estiver bem atento, vai descobrir que O Amor Acontece em todo o lado. Por isso deixe-se levar pela música e procure nas teias do seu enredo cruzar a emoção da sua história com o significado desta letra.

domingo, 11 de novembro de 2007

O Poder da Metáfora (20 semanas - T2)


Quando se fala no “Carteiro de Pablo Neruda” deveria tropeçar-se nas palavras, ditas ou escritas. Deveria gaguejar-se ou semear reticências palavra sim, palavra não. Sempre que vejo e revejo o filme fico com a convicção de que estamos a descobrir o mundo, ou simplesmente a redescobri-lo. Este é o retracto delicioso e inesquecível de um simples carteiro de uma pacata ilha italiana que descobre o poder da metáfora através do contacto com a poesia de Neruda que se encontra asilado nesta terra. Recheado de momentos hilariantes, o filme é uma ode à poesia e às metáforas que também figuram a nossa visão do mundo.

Como diziam os contadores de estórias “Piratas de Alexandria” as palavras podem ser de ferro e a chegam ferir quando mal usadas, no entanto como o ferro também podem fundir-se, misturar-se e forjar-se para criar instrumentos, ferramentas, que permitam comunicar com as pessoas: aproximá-las, despertar-lhes emoções e, sobretudo, estimulá-las a seguir usando e desfrutando desse elemento imprescindível.

A metáfora é uma das figuras de estilo mais criativas no processo de comunicação com as crianças. Apelamos à sua imaginação figurando situações do quotidiano para poder explicar determinados contextos.Com a sua espontaneidade, as crianças brindam-nos com expressões que traduzem a sua visão do mundo.
E nesta construção retórica descobrimos um novo palco onde redesenhamos os papéis que esta condição nos oferece. Salpicamos os nossos pensamentos com cores vivas e voamos uns cm abaixo para, por entre olhos famintos de curiosidade, libertar a criança que há dentro de nós.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Sorrisos Escondidos (19 semanas -T2)



Posso estar ultrapassado, não ser de tempo, ou encaixar noutros estereótipos faustosos que quiserem usar para qualificarem a minha visão do mundo, mas não posso abafar este sentimento que ofusca a minha racionalidade.

Como é que um estado, dito de direito, pode compactuar com comportamentos tão primários como desumanos que atentam contra os mais indefesos representantes da nossa espécie.

Será que por parir um filho alguém tem o direito de fazer o que lhe apetece? Como é que uma “mãe” pode pontapear uma pequena menina e com o seu golpe fatal ser condenada(???) a uns míseros 5 anos de cadeia.

Onde está o nosso estado quando dentro da sua própria instituição permite que crianças ao seu encargo sejam abusadas de forma continuada. Para que servem as barras de tribunais que nos entretêm com a maior novela do sistema judicial português de seu nome “Casa Pia”. É nesta verdadeira farsa teatral, comparticipada pelos nossos esforçados impostos, que se revela a subversão de um sistema de justiça em que já ninguém acredita.

A hipocrisia arrasta-se aos incautos representantes da nossa pseudo comunicação social que ocupa horas a fio do seu precioso tempo de antena com a história de uma família (ou não) inglesa e transforma a situação numa espécie de dérbi jornalístico entre velhos aliados. Só em 2002 desapareceram 734 pessoas (muitas delas crianças). Se a estatística não me engana dá em média 2 pessoas por dia (arredondando por defeito). Não acham estranho, para quem vê o telejornal como eu, haver tantos dias sem uma única referencia a estes casos. Pois é, o que um assessor de imprensa do governo inglês pode fazer…

Infelizmente há muitos sorrisos por distribuir em locais esquecidos. Será que a consciência social se confina única e exclusivamente ao alcance do nosso olhar? Será que o hipnotismo voyeurista que a caixa, a que muitos já chamaram mágica, nos quer incutir, se tornou numa realidade para espectadores passivos? Será que estes baseiam a sua opinião apenas nos argumentos que desfilam neste palco virtual e deixam-se convencer que o mundo são os 32 cm de vidro que nos aconchegam a sala de estar?

Mas contra este marasmo, a que se vão acomodando profetas do inconformismo, lutam diariamente em espírito de cruzada ong´s como os médicos sem fronteiras, narizes vermelhos, missionários destemidos e outros anónimos humanistas que travam um meritório combate contra a indiferença dos mais ilustres pavões da nossa praça.

A minha reconhecida homenagem a estes heróis que num gesto altruísta ajudam os que mais precisam tendo como compensação “apenas” a descoberta de um sorriso escondido. Uma palavra especial de esperança para aqueles que trabalham com crianças, pois são estas que na sua pureza nos tentam dar um pouco de si para um futuro melhor.

O meu APLAUSO de pé a estes profissionais do amor.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

1000 Obrigados



O mais desejado faz já parte do clube dos milionários. Obrigado a todos que têm passado por aqui para fazer deste cantinho um espaço lúdico de criação que acompanha esta epopeia. Por isso, Tias e Tios babados (e claro primas confidentes), a musa de todos os nossos comentários agradece o interesse e dedicação de todos que já fazem parte da sua vida.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Toque do Futuro (19 semanas - T2)



Foram precisos 34 anos para receber a mais das desejadas prendas que um homem pode ambicionar… uhhh… pronto à parte disso, que melhor sensação podemos experimentar que o toque suave de um gesto que representa o nosso futuro. Pois é, a nossa querida Beatriz, perdeu a vergonha e quis hoje vir brindar o meu aniversário. É curioso como uma simples vibração faz de nós seres realizados capazes de num gesto intra-uterino imaginar o resto das nossas vidas. Não há palavras para descrever a emoção desta etapa que materializa o vinculo estabelecido com a melhor das nossas heranças. É um pouco de nós que transborda a cada formigueiro que sentimos no toque certeiro da nossa Beatriz. E que melhor altura poderia ter escolhido a nossa pimpolha que quis fazer parte desta celebração para presentear o pai. Obrigado filha.

Happy Birthday



Esta canção de parabéns é da exclusiva responsabilidade da Bia, como, aliás, se pode, facilmente, constatar pela voz abafada, prova evidente de que é o tenro prodígio a cantarolar dentro do ninho materno! A continuar assim a miúda ainda ganha a Gala do Festival Intra-uterino! (Lá se vão os vidros!)


Para o NOSSO Special One

Não, não é o que possam, eventualmente, estar a pensar! Não vamos discorrer sobre o Mourinho… o nosso special one é hiperbolicamente mais charmoso e irrefutavelmente de melhor trato que esse, segundo os entendidos na área, competente, embora desempregado, treinador de futebol.

O Homem mais especial das nossas vidas está de parabéns. Efectivamente, poderíamos construir uma sinfonia de razões plausíveis para parabenizar diariamente o nosso mais que tudo. Contudo, a música não se afigura, definitivamente, como uma das nossas traves mestras, preferimos deixá-la para os entendidos. E não é que alguém se inspirou na transcendência do Nosso Tesouro para compor uma melodiosa e deliciosamente sensual balada? Esta música, pedra angular da banda sonora do filme das nossas vidas, teve um papel derradeiro no desenrolar da espiral das mais variegadas cenas que ilustram a nossa doce felicidade. Cada verso, cada palavra, cada sílaba são a mais fiel réplica da nova alma que o mais sublime arauto do destino depositou nesta errante convalescente do momento.

Embora corrobore a tese de Caeiro, que reitera que todas as cartas de amor são ridículas, aliás, não seriam cartas de amor se não fossem ridículas, hoje, embora, podendo correr o risco de soar um pouco burlesco, não poderíamos deixar de dedicar estas humildes palavras ao incansável arquitecto deste mundo onírico em que vivemos.



Um beijo,
Lurdes e Beatriz

domingo, 4 de novembro de 2007

Prenda da Filhota



O papá soprou hoje 34 velas. E agora que a troca dos dígitos da sua idade já não o favorecem resolvi fazer esta surpresa para o compensar. A mamã disse-me para eu ser sincera porque as crianças são genuínas e como achei esta mensagem a cara do meu pai pedi-lhe que oferecesse esta camisa para eu vestir. Não é o máximo? Terá isto a ver com o complexo de Electra que o meu coco favorito me contou?

sábado, 3 de novembro de 2007

One (19 semanas - T2)



A música é o mais fiel dos companheiros da alma. Personifica o nosso estado de espírito de tal forma que se torna no tempero essencial para as grandes emoções. Uma música em especial têm me acompanhado nas grandes decisões da minha vida. Nas notas soltas desta melodia encontro sempre a direcção a seguir em cada estrofe da minha caminhada. E desde que partilhei este segredo com a minha guia serei...será...seremos...ONE. Esta é a música da minha vida que dedico à nossa special ONE que agora faz parte desta composição a três.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Geração Enroscada (19 semanas - T2)


Vicente Jorge Silva, na sua habitual verborreia, baptizou, na década de 90, a nossa geração de “rasca”. Claro que rapidamente foi renomeada de “enrascada”. De facto, andávamos sempre “à rasca” de dinheiro, “à rasca para passar de ano”, “à rasca para entrar na Universidade, “à rasca” para tirar a carta, para o pai nos emprestar o carro". Enfim, o supostamente normal para um puto de tenra idade que começa a sair do armário e a cortar os primeiros pêlos de um orgulhoso bigode, sinónimo da sua masculinidade. E não é que éramos felizes?!

Depois de 30 anos de liberdade conquistada, parece que regredimos ao ponto de convivermos com a maior falácia da educação. Liberdade não é libertinagem, ajuda não é facilitismo, realização não é materialização. Devido às inúmeras solicitações a que hoje estamos sujeitos, o papel activo de um filho em crescimento está hoje de tal forma diminuído que nos arriscamos a ser produtores de uma nova expressão: “a geração Enroscada”.

Porque não deixam as crianças enroscar sozinhas e conquistar a sua própria liberdade? As crianças não são como os móveis que vêm já pré-fabricados, é no seu desenvolvimento que vão construir a sua aprendizagem. Não será saudável esfolar os joelhos, um ou outro ponto de cosedura, o belo do gesso para os amigos assinarem e outros pequenos acidentes resultantes de um fenómeno tão peculiar como o chamado “abre olhos” que permite aumentar as defesas do seu sistema imunitário?

Não estamos a ajudar as nossas crianças quando legitimamos o absentismo às aulas e o laxismo a que a estatística nos obriga. É necessário cultivar o mérito e a excelência para termos futuros adultos realizados e conscientes das suas responsabilidades. Deve-se ensinar a pescar e não dar o peixe de mão beijada sob pena de estarmos a fomentar o aparecimento de pequenos ditadores sem rumo.

Espero que os ajustes necessários a uma revolução de mentalidades alterem os contextos em que esta evolução desenfreada nos deixou. Espero não cair em tentação pois pretendo que a nossa filha possa apertar os parafusos do seu futuro.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Lembram-se? (18 semanas - T2)



No melhor dos jeitos lusitanos que apega a saudade dos tempos idos da nossa juventude aqui está um bom exemplo de como recordar é viver. Houve um tempo que não volta mais, aquele em que, com poucos canais à disposição, alguns programas televisivos faziam parar as pessoas de um país à volta de uma televisão. A série juvenil «Verão Azul» é o melhor exemplo disso para quem como eu já ultrapassou os 30 anos. Quem é que nunca assobiou o conhecido genérico que os protagonistas tanto cantarolavam nas suas viagens de bicicleta. Quem é que não se colava tipo “pega monstros” (lembram-se?) em frente da televisão nas férias de verão à espera do “agora escolha” para ver mais uma aventura destes espanhóis. Quem é que nunca riu com as diabruras do mítico piranha que hoje é médico doutorado. Quem é que nunca suspirou pela saudosa Júlia que apanhei por acaso na cadena 40 numa passagem por Espanha. Pois é, uma serie que marcou a juventude da Península Ibérica no início dos anos 80, que teve a oportunidade de partilhar as emoções próprias de jovens da nossa idade, com as personagens da serie com quem nos revíamos. Em todos os episódios éramos confrontados com preocupações que preenchem a vida de um adolescente e com a cumplicidade do velho Chanquete, marinheiro que vivia numa casa-barco, aprendíamos sempre mais um pouco.

Por isso toca a assobiar pessoal!

domingo, 28 de outubro de 2007

O Conto do Nunca (18 semanas T2)




No desenvolvimento harmonioso de qualquer criança é fundamental criar e estimular laços de afectividade. É essencial que os pais não se demitam desta função tão importante. Acompanhar a capacidade criativa dos seus filhos é participar na construção de um novo mundo. Uma das ferramentas mais importantes na comunicação oral é a dramatização de contos, fábulas e outras estórias fantásticas que permitam de forma figurada transmitir valores que ajudem as crianças a perceber melhor o mundo que as rodeia. Baseado neste princípio decidi escrever um pequeno conto para contar à Beatriz. Como todos os contos, a estória começa com a expressão “era uma vez…”

Era uma vez, na terra do Nunca, duas almas que vadiavam por caminhos desencontrados em busca de um rumo para uma vida com sentido. Na terra do Nunca as pessoas Nunca ouviam o murmurar do coração, Nunca tinham encontrado uma razão para amar verdadeiramente, Nunca tinham sentido um arrepio na barriga logo pela manhã de forma a suspirar por alguém que os preenchesse. Na terra do Nunca , as pessoas rodopiavam em ruas apressadas nas suas rotinas sem Nunca se encontrarem.

Certo dia, ao contornar uma noite de luar, o destino driblou duas destas personagens e na calma intimidade dos seus refúgios traçaram um novo caminho que seria percorrido ao som dos seus próprios passos. E, subitamente, a mesma palavra que até então era usada como negação, passou a ter conotação positiva para estes caminhantes.

Agora, Nunca mais teriam que se preocupar em partilhar os seus mais profundos estados de alma com alguém que não os entendesse,Nunca mais olhariam o relógio de forma apressada, pois ali longe do tempo duas vidas se fundiam na razão infinita de se encontrarem no mesmo cosmos, Nunca mais se sentiriam sós pois agora tinham alguém com quem desbravar os espinhos de uma rosa que estaria para nascer.

E neste milagre a que chamamos vida, a metamorfose da palavra “Nunca” revelou a mais doce das razões desta nossa caminhada. Assim, uma palavra antagónica passou a acompanhar os nossos pensamentos. Um novo mundo neste espaço de criação trouxe-nos, no sopro do vento, a mais das desejadas sementes que nos permitirá novas conjunções.

A partir deste apeadeiro, vamos Sempre caminhar juntos na marchar da conquista de uma família feliz, vamos Sempre ouvir o sopro do coração mais ternurento que a todo o momento bate ao compasso da nossa alegria, vamos Sempre correr este novo mundo para gritar aos seus quatro cantos:

“Aqui vamos ser felizes”.

Nota de rodapé: A música utilizada para acompanhar este post pertence a Rodrigo Leão, um dos maiores compositores portugueses que nos aconchega com este "Alma Mater", nome original do tema que significa literalmente “a mãe que alimenta ou nutre”. O adjectivo latino almus (que alimenta) vem do verbo alere (alimentar). O epíteto Alma Mater foi originalmente aplicado pelos Romanos a uma série de Deusas, como Ceres e Cybele. Nada mais apropriado para a musa das minhas caminhadas

Ninho Real (18 semanas - T2)


Assim começa a 18ª semana desta epopeia. Depois de um fim-de-semana ocupado a trabalhar para a princesa cá de casa, posso adiantar, em primeira mão, que o ninho da pimpolha já está montado. E agora que começaram as noites frias, nada melhor para o aquecimento do nosso quarto que o calor humano de uma estrela cadente que logo logo irá brilhar no canto dos nossos lençóis. Para já, ainda com o quarto insonorizado, olhamos no firmamento a vontade de preenchermos a cama com o seu novo inquilino que, decerto, irá alterar a rotina de noites serenas e sossegadas que até aqui têm coberto este quarto. A chegada deste novo elemento será, sem dúvida, o nosso sound bit que vai palpitar esta nova emoção.

Já saiu o “Tou” da semana e, como não podia deixar de ser, está relacionado com esta nova condição que faz do mais desejado dos bebés a mais desejada das meninas (espreitem o novo recado da Bia do lado direito deste blog). Está, também, já disponível o novo “Porquê”, que esta semana se debruça sobre mais uma interessante experiência popular. Continuem a acompanhar esta rábula…

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Guerra dos Sexos (17 semanas - T2)

Se a matemática não me atraiçoa, perdeu-se o ponto de equilíbrio na guerra de sexos da nossa família. Meus amigos, já estou em desvantagem, sou agora um cota num mundo de quotas que privilegia o género em detrimento de outros atributos tão mais importantes. E assim começam as preocupações enraizadas nesta cultura sexista. O que fazer ao saber dos primeiros namorados? O que fazer para conter a febre consumista de uma jovem adolescente que aumenta o seu guarda roupa em velocidade de cruzeiro? O que fazer quando se tem só uma casa de banho numa casa com duas mulheres? O que fazer para controlar a conta do telemóvel quando as mensagens de sms começarem a ser escritas em proporção à vontade de falar, tão característica nas representantes desta espécie complicada a que chamamos mulher? Podem participar desta reflexão votando no novo inquérito de opinião. Uma laracha para esta “problemática”.

As sondagens afinal ainda valem o que valem… espera, pareço um político a falar, escrevi uma frase que não acrescente nada à anterior… Obrigado a todos quanto contribuíram para esta sexómetro que durante semanas esteve ao rubro na leitura equilibrada das vossas apostas. Venceram as mulheres, e não é que acertaram mesmo?! Foi o 6 sentido feminino que funcionou ao por em relevo a sua sensibilidade. Pois é, o mundo é das mulheres, não é verdade Beatriz? O que vale, companheiros dignos representantes da espécie masculina, é que elas não vivem sem nós. Por isso nesta dicotomia de géneros o maior vencedor é a diversidade que faz de cada um de nós um ser especial diferente do outro. E a conjunção de cada par pode resultar num tesouro tão precioso como a nossa Beatriz.

P.S: Hoje dormi pela primeira vez com duas mulheres. O sonho de qualquer homem (eh eh eh). Valha-me essa consolação já que não tenho ninguém ainda para me comprar a MaxMen.

My name is Bia Beatriz (17 semenas - T2)

Beatriz veio do latim Beatrix, que significa "aquela que torna feliz" (tem a mesma raiz da palavra beata que significa feliz). Significa aquela que faz os outros felizes e indica uma pessoa bem disposta, capaz de fazer piada com tudo, para alegrar a si própria e para dar nova luz aos ambientes que frequenta.

Ora cá está, quem sai aos seus não degenera. Que melhor comparação do que um intenso arco-iris capaz de dar cor e vida a qualquer dia mais cinzento. Pois é, minha filhAAAAAAAAAA (agora já posso usar o sujeito feminino) és o nosso pote de alegria. Estamos encadeados com o brilho de tanta felicidade.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Beatriz Martins Malta Beatriz

Este passou a ser o nosso Arco Íris.
E como no original começa e acaba no nosso pote de ouro:


BEATRIZ


Cabaz de Mimos (17 semanas - T2)



Pois é esta a chegar o Natal. Época propicia para presentear os nossos amigos e familiares. Aqui está o cabaz mais ternurento deste ano. O feijãozinho passou a ser o centro do nosso interesse e apesar de ainda não ter nascido já disputa a atenção das tias e tios que se posicionam para encontrar o melhor presente para o alegrar. Esperem só pelo despertar de um sorriso para se derreterem em afectos com o calor deste gesto tão peculiar em bebés felizes. Para já o sorriso da nossa cria é materializado pelos seus progenitores que agradecem a disponibilidade de tão generosos tios e tias que nos acompanham nesta maravilhosa epopeia.

Família - Valor dos Valores (17 semanas - T2)

Na silhueta do nosso âmago encontrámos um objectivo comum a partir do qual traçámos a linha de terra para a base de todas as nossas directrizes. Porque somos filhos únicos, porque fomos educados segundo o valor de fraternidade, integridade e solidariedade, descobrimos, desde logo, pontos comuns para desenhar em família as novas coordenadas de uma linha de rumo que imprimimos a 13 de Maio de 2006. Achamos, habituados à verticalidade de princípios que defendemos, que a família é a célula mais importante da sociedade. Núcleo indivisível, pilar de afectos, a família é o nosso porto de abrigo. E porque temos como referência os nossos pais, que foram sempre capazes de nos incutir este espírito de união e partilha, queremos também educar o(a) nosso(a) filho(a) de acordo com esta premissa. Hoje, mais do que nunca, quando sentimos a falência de valores essenciais à nossa condição humana e a falta de princípios que norteiem as suas condutas, devemos ter uma consciência social activa. Por isso, nesta fase de cimentação familiar, pensamos sobremaneira no contexto social em que estamos inseridos. É com preocupação que contactamos com realidades de uma sociedade individualista onde se privilegia o "ter" em detrimento do "ser", causando o desmembramento de famílias desestruturadas que ruem à velocidade da sua ausência. Desta forma, em cada relação é necessário fazer o culto ao amor na ampla expressão da palavra que não negue o respeito ao outro. E como, na verdade, aqueles que constituem a minha família são uma extensão de mim, terei sempre como principal ideologia a protecção deste valor impagável que nos torna sempre unidos neste desígnio.

sábado, 20 de outubro de 2007

O canto dos Porquês


No desenvolvimento de qualquer criança existe uma fase onde a curiosidade de compreender os limites e as particularidades do mundo que a rodeia traduz-se numa avalanche de porquês. E assim surgem constantemente perguntas que têm tanto de pertinente como de dificuldade para os atentos progenitores. Estes são confrontados regularmente com algumas dúvidas existenciais que apelam à nossa imaginação para explicar de forma pedagógica o óbvio: Uma verdade absoluta não empírica que tomamos como certa e inquestionável.
Um canto ritmado de expressões como "Porque é que comemos?"; " Porque é que as estrelas não caem?"; "Porque é que o Sol se vai embora à noite?"; "Porque é que o céu é azul?"; "Porque é que as pessoas e os animais morrem?"; "Porque é que tens que ir trabalhar?". Com estas e outras perguntas as crianças desarmam-nos com a sua ingenuidade e deixam-nos não raras vezes sem resposta.

Ora, como nós, adultos recentemente chegados a este admirável mundo novo, temos também bastantes “porquês” para partilhar com outros futuros progenitores, decidi criar mais uma “espécie de rubrica” que irá abordar as mais filosóficas das questões que tenham a ver com esta temática. Por isso se quiserem acompanhar é só darem semanalmente uma espreitadela por cima do “Tou da semana” para encontrarem reflexões tão pertinentes como as de Agostinho da Silva, Platão ou outros reconhecidos pensadores da nossa história. Leiam e assolem as vossas mentes.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Correio do Leitor (16 semanas - T2)



É com grande agrado que publicamos na integra a carta mais babada que recebemos até hoje. Dos avós para o mais desejado que via telepática pelos genes comuns chegam até nós com esta carta:

"Isto de ser "Cota" no mundo de hoje, tão avançado em tecnologia, traz-nos a dificuldade de quando querer entrar em comunicação, as nossas ferramentas arcaicas (quase de museu) de que dispomos, obrigam-nos a chegar mias tarde. Ou seja, ao ritmo do andamento que as nossas "canetas", leia-se pernas, hoje nos deixam.

Bom, mas como já nos apercebemos que, afinal, as nossas "carcaças" são poupadas, e porque pretendemos estar mais próximo e rapidamente de tudo e dos nossos, vamos em breve tentar entrar neste novo mundo digital, antes que nos chegue a arteriosclorose ! Devemos confessar que uma boa parte desse incentivo, advém da chegada do nosso mais desejado. Mas, mais importante que todos estes novos meios, são sempre os sentimentos de alegria e felicidade que invadem as nossas profundezas humanas, quando, na nossa família, está para chegar mais um ser que nos dará continuidade e que, culmina com o que de melhor a nossa existência terrena nos oferece. Tudo o resto é efémero e ilusório na vida. O Xico ou Bi, ainda por cima, é a primeira herança de duas famílias e de duas gerações que o antecedem. Atenção, nosso desejado, quando fores grande, diz aos teus pais que não queres ser morgado como eles.

Por tudo isto, queremos aqui deixar o nosso testemunho público e dizer que no passado 12 de Agosto, dia em que comemorávamos o nosso 35º aniversario de casados, chegou-nos, inesperadamente, a melhor prenda de quantas haverá - a missiva do nosso mais desejado a anunciar a boa nova de que já existia na forma de um feijão jeitozinho de 2 mm (quem sai aos seus não degenera!) e que em breve chegaria ao nosso convívio. Como se deve calcular foram os parabéns mais lindos e ternurentos que, já no Outono das nossas vidas, poderíamos receber e que inundou os nossos corações de alegria e felicidade.

- Obrigado Xico ou Bi por teres aproveitado esse momento mágico de fecundação dos teus pais.
- Obrigado à nossa Nora por ter gerado nas suas entranhas este ser que agora guarda na sua barriguinha com tanto amor.
- Obrigado ao nosso filho que por ter dado o seu sémen para a realização deste vosso/nosso sonho.

Que Deus vos proteja e vos dê uma longa vida familiar harmoniosa. Aos pais babados não damos conselhos, porque sabemos que são responsáveis e sempre presentes. Aliás, tal como o são enquanto filhos, também o serão como pais.

Temos acompanhado com alegria o desenrolar do vosso delicioso Blog. É com orgulho e satisfação que vemos familiares e, sobretudo, muitos amigos vossos a compartilharem também a vossa felicidade. Um bem haja nosso a todos eles.

E agora, como chegou a hora de tomarmos a nossa dose de medicaçãozinha, olhem, ficamos por aqui. Nunca se sabe se voltaremos.
Um Xi coração para vocês os três do tamanho do mundo dos avós babados. "

P.S: À laia de roda-pé final, uma provocaçãozinha aos pais!
Existe uma canção linda para embalar, cujo titulo é "Só nós sabemos porque não ficamos em casa..." Aproveitem-na para a cantar ao vosso tessouro que ai vem. O avô verde agradece.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Báu do VHS (16 semanas - T2)



Um pingo de nostalgia para regar a criança que há em nós. Uma lufada de recordações para arrancar um suspiro de todos os que tiveram o privilégio de crescer nos magníficos anos 80. São imagens de marca que marcam uma época de grande criatividade. Com a ingenuidade característica das crianças, fomos lançando pequenas pedras para o charco cinzentão da nossa nação. Portugal era uma sociedade retrógrada, estrangulada pela recente ditadura que respirava uma mesquinhes atroz. Basta ver a infindável colecção de tesourinhos deprimentes desta época com que os gatos fedorentos nos confrontam semanalmente.

Os anos 80 foram a verdadeira revolução para os ávidos arquitectos de uma mudança que ainda hoje se repercute na nossa forma de ser e estar. Não é raro encontrar referências desta época nas notas soltas do line up de qualquer rádio, cruzar com conversas sobre temas tão interessantes como o aparecimento da televisão privada, com as suas virtudes e excessos, e recordar programas que nos marcaram para além do período em que foram exibidos. Não é difícil, por isso, encontrar no nosso vernáculo expressões que acompanham o sentimento geracional de orgulho e saudade que estes tempos nos ofereceram. Assim brotam frequentemente das nossas bocas desabafos que outrora ouvíamos dos nossos avós, como os clássicos “na nossa época é que era”, “não há nada como antigamente”, “naquele tempo é que era” e outros sábios vocábulos que ressalvam o constante “generation gap” a que estamos votados.

Foram pedras basilares que cimentaram o nosso crescimento como pessoas. Afinal, são precisos modelos e causas para alimentar o ego reformista de um adolescente. Parece-me que a efemeridade da época em que vivemos está a redefinir os papéis. A importância dada à forma em prol do conteúdo está a castrar a capacidade das nossas crianças para encontrarem a sua revolução. Uma sociedade de plástico onde a falta de valores nos confina a uma sórdida vontade de viver de acordo com os estereótipos definidos. Perdoem-me o desabafo de um cota que pensa já na estóica incumbência de educar uma criança com sentido de missão.

Como recordar é viver, aqui estão algumas das pérolas da nossa infância ainda gravadas em VHS (para quem não sabe umas enormes cassetes que se colocavam num aparelho chamado vídeo). A idade da inocência que marca uma época em que esperávamos ansiosamente pelo término do entediante “TV Rural” do saudoso Eng. (e este era mesmo engenheiro) Sousa Veloso para podermos ver alguns destes fantásticos bonecos.

Opps... O texto está a ficar comprido, parece-me que vou ter de escrever mais alguns Posts sobre esta vasta temática, sob o risco de me tornar tão repetitivo como as regulares referências ao actual seleccionador de sub 21 (*) que acompanhavam os serões de família em muitos dos nossos repastos.

(*) Para quem não conhece a estória do Selecionador Rui Caçador, basta aparecer numa qualquer festa da nossa família para facilmente ser confrontado com esta personagem que hoje podia ser meu primo. Um abraço para o nosso Caçador de troféus e para a sua ex-ex-ex namorada que hoje tem uma família feliz que muito prezo pela sua pureza de valores e espontaneidade característica das gentes da região minhota onde vivem.

Aqui estão alguns dos bons exemplares desta coletânea de VHS. Espreitem para recordar velhos tempos ;-)