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segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Birra-1 Paciencia-0 (30 semanas - T3)


No campeonato da educação assistimos aos primeiros confrontos geracionais no despertar dos 18 meses de vida. Em campo aberto como corredores de supermercado, salas de restaurante, átrios de edifícios públicos e outros locais igualmente inconvenientes os pirralhos disputam a atenção dos convidados do acaso para fazerem ouvir as suas vontades. Um teste aos limites da paciência e, muitas vezes, ao controlo dos nossos tímpanos.

A birra é um desafio à socialização, onde as crianças devem aprender a ceder. Parte integrante do seu processo de crescimento este mecanismo resulta num conflito entre a procura da autonomia e a sua dependência dos pais. Para os Pais torna-se num jogo entre firmeza e compreensão. Parece-me por isso importante que estes aprendam a não ter receio de dizer 'não', sem questionar o amor incondicional que sentem pelos seus filhos.

Como num jogo de futebol há regras que são subvertidas, ou por má interpretação das situações ou pela pressão do público que assiste. Neste contexto pais sensíveis às opiniões alheias acabam muitas vezes por ceder ás goelas estridente dos seus concorrentes nesta luta.

Ora aqui está um ponto negativamente comum ao universo do futebol. Espontaneamente em cada disputa (quer seja da bola, quer seja do objecto da birra) anexam-se treinadores de bancada que tentam condicionar as estratégias dos seus jogadores. No caso das birras as claque organizam-se entre os que lançam olhares fulminantes aos pais numa tentativa de os desautorizar e aqueles que arrastam expressões de compaixão para os filhos numa tentativa de potenciar os seus intentos. O problema é que nenhum destes adeptos se importa realmente com o crescimento harmonioso das crianças em que tropeçam, mas apenas no seu bem estar pessoal que instantaneamente é interrompido.

Miguel Sousa Tavares é um exímio representante destes gangs de opinião que se revoltam com a “falta” de liberdade de fumadores compulsivos que invadem os nossos pulmões, e ao mesmo tempo se indigna com os pais que perturbam os seus fumados repastos pelo facto de querem ir jantar fora acompanhados dos seus rebentos. Numa das suas habituais crónicas do Expresso chega mesmo a sugerir a criação de restaurantes só para adultos.

Por isso, companheiros de luta, ignorem estes condicionalismos e transformem a birra numa prova de amor fazendo com que o seu filho dê um passo em frente para a idade adulta.

2 comentários:

saltarica2002 disse...

yeahh, right, que lindas teorias!!

Anónimo disse...

Não sendo fácil de contrariar estas "ferinhas"...tudo se consegue...
Abracem-nas...não desistam...não olhem a quem os rodeia...acreditem que resulta...
Eu sei...às vezes é mais difícil...outras vezes a paciência falta...mas tentem seguir a "política do abraço"...
Bjos ao trio
Tia Clara