My name is Beatriz, Only Beatriz (31 semanas - T3)

Nunca percebi bem a necessidade de preencher o bilhete de identidade com outros nomes que não o próprio e apelidos de família. Vejamos; sempre que nos apresentamos usamos o primeiro nome e um dos apelidos, normalmente o último; para rubricamos um documento desenhamos alguns rabiscos que estejam relacionados com as letras do nosso nome próprio; os filhos herdam o nome de família. Então para quê usar mais do que um nome para chamar os nossos descendentes?

Talvez para usar como muleta quando se pretende repreender os pirralhos. De facto a conjunção de letras que resulta no expressivo “Alberto” traz-me a recordação momentos desassossegados que antecipavam o encontro com o raspanete maternal. A toque de rebate soava o alarme a cada “Carlos Alberto” que ecoava pelas paredes da casa. Era o sinal de que alguma coisa estava mal.

Ou será uma alternativa a quem não fique satisfeito com o nome com que é registado. Uma segunda hipóteses para colunáveis da nossa praça que usam pseudónimos para esconder os seus verdadeiros nomes. Assim se passa com Maria Alice que usa como nome artístico LiLi Caneças ou Maria de Graça mais conhecida por Cinha Jardim.

No universo Onomástico há razões que a razão desconhece. Nesta teia ancestral ficamos amarranos a estes sobrenomes. Por isso a nossa Beatriz vai se chamar simplesmente Beatriz, porque a simplicidade é um atributo da perfeição.