O Milagre da Criação (32 semanas - T3)

“Por Favor desliguem os telemóveis e outras fontes de sinais sonoros que vai começar o espectáculo...”

Levanta-se o pano e às primeiras palmadas de Moliére a actriz desta história fará das suas ruidosas goelas os melhores argumentos para cativar os dramaturgos da epopeia a que chamamos “o mais desejado”.

Na sonoplastia desta composição encontramos sons e cheiros que nos trazem à realidade o Teatro de vida que a princesa Beatriz se prepara para representar. E nesta relação intimista que se cria aquando do corte do cordão umbilical encena-se o maior vinculo humano a que estamos intrinsecamente ligados.

Tal como numa peça de Teatro os momentos são efémeros mas as recordações eternas. Não há duas peças iguais, não há dois partos afins mas os seus intervenientes não passarão indiferentes ao despertar da emoção que as sensações de momentos tão especiais nos oferecem.

Não há artifícios nesta arte sem rede, ao vivo e em directo assiste-se ao milagre da criação. Haverá algo de mais especial e transcendente que participar no nascimento de uma extensão de nós. E quando a cumplicidade de uma relação forte de amor resulta na materialização de um projecto de vida, nada nos torna mais realizados do que vivenciar a harmonia do seu nascimento.

São as memórias que fazem o nosso património genético. Indestrutível, inapagável e incomensuravelmente rico as nossas recordações constituem o palco das nossas vidas. Por isso já reservei o bilhete mágico que dia 2 de Abril nos trará o melhor dos argumentos que vamos seguir para o resto das nossas vidas.