badge
Lilypie 1st Birthday Ticker

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Lembram-se? (18 semanas - T2)



No melhor dos jeitos lusitanos que apega a saudade dos tempos idos da nossa juventude aqui está um bom exemplo de como recordar é viver. Houve um tempo que não volta mais, aquele em que, com poucos canais à disposição, alguns programas televisivos faziam parar as pessoas de um país à volta de uma televisão. A série juvenil «Verão Azul» é o melhor exemplo disso para quem como eu já ultrapassou os 30 anos. Quem é que nunca assobiou o conhecido genérico que os protagonistas tanto cantarolavam nas suas viagens de bicicleta. Quem é que não se colava tipo “pega monstros” (lembram-se?) em frente da televisão nas férias de verão à espera do “agora escolha” para ver mais uma aventura destes espanhóis. Quem é que nunca riu com as diabruras do mítico piranha que hoje é médico doutorado. Quem é que nunca suspirou pela saudosa Júlia que apanhei por acaso na cadena 40 numa passagem por Espanha. Pois é, uma serie que marcou a juventude da Península Ibérica no início dos anos 80, que teve a oportunidade de partilhar as emoções próprias de jovens da nossa idade, com as personagens da serie com quem nos revíamos. Em todos os episódios éramos confrontados com preocupações que preenchem a vida de um adolescente e com a cumplicidade do velho Chanquete, marinheiro que vivia numa casa-barco, aprendíamos sempre mais um pouco.

Por isso toca a assobiar pessoal!

domingo, 28 de outubro de 2007

O Conto do Nunca (18 semanas T2)




No desenvolvimento harmonioso de qualquer criança é fundamental criar e estimular laços de afectividade. É essencial que os pais não se demitam desta função tão importante. Acompanhar a capacidade criativa dos seus filhos é participar na construção de um novo mundo. Uma das ferramentas mais importantes na comunicação oral é a dramatização de contos, fábulas e outras estórias fantásticas que permitam de forma figurada transmitir valores que ajudem as crianças a perceber melhor o mundo que as rodeia. Baseado neste princípio decidi escrever um pequeno conto para contar à Beatriz. Como todos os contos, a estória começa com a expressão “era uma vez…”

Era uma vez, na terra do Nunca, duas almas que vadiavam por caminhos desencontrados em busca de um rumo para uma vida com sentido. Na terra do Nunca as pessoas Nunca ouviam o murmurar do coração, Nunca tinham encontrado uma razão para amar verdadeiramente, Nunca tinham sentido um arrepio na barriga logo pela manhã de forma a suspirar por alguém que os preenchesse. Na terra do Nunca , as pessoas rodopiavam em ruas apressadas nas suas rotinas sem Nunca se encontrarem.

Certo dia, ao contornar uma noite de luar, o destino driblou duas destas personagens e na calma intimidade dos seus refúgios traçaram um novo caminho que seria percorrido ao som dos seus próprios passos. E, subitamente, a mesma palavra que até então era usada como negação, passou a ter conotação positiva para estes caminhantes.

Agora, Nunca mais teriam que se preocupar em partilhar os seus mais profundos estados de alma com alguém que não os entendesse,Nunca mais olhariam o relógio de forma apressada, pois ali longe do tempo duas vidas se fundiam na razão infinita de se encontrarem no mesmo cosmos, Nunca mais se sentiriam sós pois agora tinham alguém com quem desbravar os espinhos de uma rosa que estaria para nascer.

E neste milagre a que chamamos vida, a metamorfose da palavra “Nunca” revelou a mais doce das razões desta nossa caminhada. Assim, uma palavra antagónica passou a acompanhar os nossos pensamentos. Um novo mundo neste espaço de criação trouxe-nos, no sopro do vento, a mais das desejadas sementes que nos permitirá novas conjunções.

A partir deste apeadeiro, vamos Sempre caminhar juntos na marchar da conquista de uma família feliz, vamos Sempre ouvir o sopro do coração mais ternurento que a todo o momento bate ao compasso da nossa alegria, vamos Sempre correr este novo mundo para gritar aos seus quatro cantos:

“Aqui vamos ser felizes”.

Nota de rodapé: A música utilizada para acompanhar este post pertence a Rodrigo Leão, um dos maiores compositores portugueses que nos aconchega com este "Alma Mater", nome original do tema que significa literalmente “a mãe que alimenta ou nutre”. O adjectivo latino almus (que alimenta) vem do verbo alere (alimentar). O epíteto Alma Mater foi originalmente aplicado pelos Romanos a uma série de Deusas, como Ceres e Cybele. Nada mais apropriado para a musa das minhas caminhadas

Ninho Real (18 semanas - T2)


Assim começa a 18ª semana desta epopeia. Depois de um fim-de-semana ocupado a trabalhar para a princesa cá de casa, posso adiantar, em primeira mão, que o ninho da pimpolha já está montado. E agora que começaram as noites frias, nada melhor para o aquecimento do nosso quarto que o calor humano de uma estrela cadente que logo logo irá brilhar no canto dos nossos lençóis. Para já, ainda com o quarto insonorizado, olhamos no firmamento a vontade de preenchermos a cama com o seu novo inquilino que, decerto, irá alterar a rotina de noites serenas e sossegadas que até aqui têm coberto este quarto. A chegada deste novo elemento será, sem dúvida, o nosso sound bit que vai palpitar esta nova emoção.

Já saiu o “Tou” da semana e, como não podia deixar de ser, está relacionado com esta nova condição que faz do mais desejado dos bebés a mais desejada das meninas (espreitem o novo recado da Bia do lado direito deste blog). Está, também, já disponível o novo “Porquê”, que esta semana se debruça sobre mais uma interessante experiência popular. Continuem a acompanhar esta rábula…

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Guerra dos Sexos (17 semanas - T2)

Se a matemática não me atraiçoa, perdeu-se o ponto de equilíbrio na guerra de sexos da nossa família. Meus amigos, já estou em desvantagem, sou agora um cota num mundo de quotas que privilegia o género em detrimento de outros atributos tão mais importantes. E assim começam as preocupações enraizadas nesta cultura sexista. O que fazer ao saber dos primeiros namorados? O que fazer para conter a febre consumista de uma jovem adolescente que aumenta o seu guarda roupa em velocidade de cruzeiro? O que fazer quando se tem só uma casa de banho numa casa com duas mulheres? O que fazer para controlar a conta do telemóvel quando as mensagens de sms começarem a ser escritas em proporção à vontade de falar, tão característica nas representantes desta espécie complicada a que chamamos mulher? Podem participar desta reflexão votando no novo inquérito de opinião. Uma laracha para esta “problemática”.

As sondagens afinal ainda valem o que valem… espera, pareço um político a falar, escrevi uma frase que não acrescente nada à anterior… Obrigado a todos quanto contribuíram para esta sexómetro que durante semanas esteve ao rubro na leitura equilibrada das vossas apostas. Venceram as mulheres, e não é que acertaram mesmo?! Foi o 6 sentido feminino que funcionou ao por em relevo a sua sensibilidade. Pois é, o mundo é das mulheres, não é verdade Beatriz? O que vale, companheiros dignos representantes da espécie masculina, é que elas não vivem sem nós. Por isso nesta dicotomia de géneros o maior vencedor é a diversidade que faz de cada um de nós um ser especial diferente do outro. E a conjunção de cada par pode resultar num tesouro tão precioso como a nossa Beatriz.

P.S: Hoje dormi pela primeira vez com duas mulheres. O sonho de qualquer homem (eh eh eh). Valha-me essa consolação já que não tenho ninguém ainda para me comprar a MaxMen.

My name is Bia Beatriz (17 semenas - T2)

Beatriz veio do latim Beatrix, que significa "aquela que torna feliz" (tem a mesma raiz da palavra beata que significa feliz). Significa aquela que faz os outros felizes e indica uma pessoa bem disposta, capaz de fazer piada com tudo, para alegrar a si própria e para dar nova luz aos ambientes que frequenta.

Ora cá está, quem sai aos seus não degenera. Que melhor comparação do que um intenso arco-iris capaz de dar cor e vida a qualquer dia mais cinzento. Pois é, minha filhAAAAAAAAAA (agora já posso usar o sujeito feminino) és o nosso pote de alegria. Estamos encadeados com o brilho de tanta felicidade.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Martins Malta Beatriz Beatriz Martins Malta Beatriz

Este passou a ser o nosso Arco Íris.
E como no original começa e acaba no nosso pote de ouro:


BEATRIZ


Cabaz de Mimos (17 semanas - T2)



Pois é esta a chegar o Natal. Época propicia para presentear os nossos amigos e familiares. Aqui está o cabaz mais ternurento deste ano. O feijãozinho passou a ser o centro do nosso interesse e apesar de ainda não ter nascido já disputa a atenção das tias e tios que se posicionam para encontrar o melhor presente para o alegrar. Esperem só pelo despertar de um sorriso para se derreterem em afectos com o calor deste gesto tão peculiar em bebés felizes. Para já o sorriso da nossa cria é materializado pelos seus progenitores que agradecem a disponibilidade de tão generosos tios e tias que nos acompanham nesta maravilhosa epopeia.

Família - Valor dos Valores (17 semanas - T2)

Na silhueta do nosso âmago encontrámos um objectivo comum a partir do qual traçámos a linha de terra para a base de todas as nossas directrizes. Porque somos filhos únicos, porque fomos educados segundo o valor de fraternidade, integridade e solidariedade, descobrimos, desde logo, pontos comuns para desenhar em família as novas coordenadas de uma linha de rumo que imprimimos a 13 de Maio de 2006. Achamos, habituados à verticalidade de princípios que defendemos, que a família é a célula mais importante da sociedade. Núcleo indivisível, pilar de afectos, a família é o nosso porto de abrigo. E porque temos como referência os nossos pais, que foram sempre capazes de nos incutir este espírito de união e partilha, queremos também educar o(a) nosso(a) filho(a) de acordo com esta premissa. Hoje, mais do que nunca, quando sentimos a falência de valores essenciais à nossa condição humana e a falta de princípios que norteiem as suas condutas, devemos ter uma consciência social activa. Por isso, nesta fase de cimentação familiar, pensamos sobremaneira no contexto social em que estamos inseridos. É com preocupação que contactamos com realidades de uma sociedade individualista onde se privilegia o "ter" em detrimento do "ser", causando o desmembramento de famílias desestruturadas que ruem à velocidade da sua ausência. Desta forma, em cada relação é necessário fazer o culto ao amor na ampla expressão da palavra que não negue o respeito ao outro. E como, na verdade, aqueles que constituem a minha família são uma extensão de mim, terei sempre como principal ideologia a protecção deste valor impagável que nos torna sempre unidos neste desígnio.

sábado, 20 de outubro de 2007

O canto dos Porquês


No desenvolvimento de qualquer criança existe uma fase onde a curiosidade de compreender os limites e as particularidades do mundo que a rodeia traduz-se numa avalanche de porquês. E assim surgem constantemente perguntas que têm tanto de pertinente como de dificuldade para os atentos progenitores. Estes são confrontados regularmente com algumas dúvidas existenciais que apelam à nossa imaginação para explicar de forma pedagógica o óbvio: Uma verdade absoluta não empírica que tomamos como certa e inquestionável.
Um canto ritmado de expressões como "Porque é que comemos?"; " Porque é que as estrelas não caem?"; "Porque é que o Sol se vai embora à noite?"; "Porque é que o céu é azul?"; "Porque é que as pessoas e os animais morrem?"; "Porque é que tens que ir trabalhar?". Com estas e outras perguntas as crianças desarmam-nos com a sua ingenuidade e deixam-nos não raras vezes sem resposta.

Ora, como nós, adultos recentemente chegados a este admirável mundo novo, temos também bastantes “porquês” para partilhar com outros futuros progenitores, decidi criar mais uma “espécie de rubrica” que irá abordar as mais filosóficas das questões que tenham a ver com esta temática. Por isso se quiserem acompanhar é só darem semanalmente uma espreitadela por cima do “Tou da semana” para encontrarem reflexões tão pertinentes como as de Agostinho da Silva, Platão ou outros reconhecidos pensadores da nossa história. Leiam e assolem as vossas mentes.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Correio do Leitor (16 semanas - T2)



É com grande agrado que publicamos na integra a carta mais babada que recebemos até hoje. Dos avós para o mais desejado que via telepática pelos genes comuns chegam até nós com esta carta:

"Isto de ser "Cota" no mundo de hoje, tão avançado em tecnologia, traz-nos a dificuldade de quando querer entrar em comunicação, as nossas ferramentas arcaicas (quase de museu) de que dispomos, obrigam-nos a chegar mias tarde. Ou seja, ao ritmo do andamento que as nossas "canetas", leia-se pernas, hoje nos deixam.

Bom, mas como já nos apercebemos que, afinal, as nossas "carcaças" são poupadas, e porque pretendemos estar mais próximo e rapidamente de tudo e dos nossos, vamos em breve tentar entrar neste novo mundo digital, antes que nos chegue a arteriosclorose ! Devemos confessar que uma boa parte desse incentivo, advém da chegada do nosso mais desejado. Mas, mais importante que todos estes novos meios, são sempre os sentimentos de alegria e felicidade que invadem as nossas profundezas humanas, quando, na nossa família, está para chegar mais um ser que nos dará continuidade e que, culmina com o que de melhor a nossa existência terrena nos oferece. Tudo o resto é efémero e ilusório na vida. O Xico ou Bi, ainda por cima, é a primeira herança de duas famílias e de duas gerações que o antecedem. Atenção, nosso desejado, quando fores grande, diz aos teus pais que não queres ser morgado como eles.

Por tudo isto, queremos aqui deixar o nosso testemunho público e dizer que no passado 12 de Agosto, dia em que comemorávamos o nosso 35º aniversario de casados, chegou-nos, inesperadamente, a melhor prenda de quantas haverá - a missiva do nosso mais desejado a anunciar a boa nova de que já existia na forma de um feijão jeitozinho de 2 mm (quem sai aos seus não degenera!) e que em breve chegaria ao nosso convívio. Como se deve calcular foram os parabéns mais lindos e ternurentos que, já no Outono das nossas vidas, poderíamos receber e que inundou os nossos corações de alegria e felicidade.

- Obrigado Xico ou Bi por teres aproveitado esse momento mágico de fecundação dos teus pais.
- Obrigado à nossa Nora por ter gerado nas suas entranhas este ser que agora guarda na sua barriguinha com tanto amor.
- Obrigado ao nosso filho que por ter dado o seu sémen para a realização deste vosso/nosso sonho.

Que Deus vos proteja e vos dê uma longa vida familiar harmoniosa. Aos pais babados não damos conselhos, porque sabemos que são responsáveis e sempre presentes. Aliás, tal como o são enquanto filhos, também o serão como pais.

Temos acompanhado com alegria o desenrolar do vosso delicioso Blog. É com orgulho e satisfação que vemos familiares e, sobretudo, muitos amigos vossos a compartilharem também a vossa felicidade. Um bem haja nosso a todos eles.

E agora, como chegou a hora de tomarmos a nossa dose de medicaçãozinha, olhem, ficamos por aqui. Nunca se sabe se voltaremos.
Um Xi coração para vocês os três do tamanho do mundo dos avós babados. "

P.S: À laia de roda-pé final, uma provocaçãozinha aos pais!
Existe uma canção linda para embalar, cujo titulo é "Só nós sabemos porque não ficamos em casa..." Aproveitem-na para a cantar ao vosso tessouro que ai vem. O avô verde agradece.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Báu do VHS (16 semanas - T2)



Um pingo de nostalgia para regar a criança que há em nós. Uma lufada de recordações para arrancar um suspiro de todos os que tiveram o privilégio de crescer nos magníficos anos 80. São imagens de marca que marcam uma época de grande criatividade. Com a ingenuidade característica das crianças, fomos lançando pequenas pedras para o charco cinzentão da nossa nação. Portugal era uma sociedade retrógrada, estrangulada pela recente ditadura que respirava uma mesquinhes atroz. Basta ver a infindável colecção de tesourinhos deprimentes desta época com que os gatos fedorentos nos confrontam semanalmente.

Os anos 80 foram a verdadeira revolução para os ávidos arquitectos de uma mudança que ainda hoje se repercute na nossa forma de ser e estar. Não é raro encontrar referências desta época nas notas soltas do line up de qualquer rádio, cruzar com conversas sobre temas tão interessantes como o aparecimento da televisão privada, com as suas virtudes e excessos, e recordar programas que nos marcaram para além do período em que foram exibidos. Não é difícil, por isso, encontrar no nosso vernáculo expressões que acompanham o sentimento geracional de orgulho e saudade que estes tempos nos ofereceram. Assim brotam frequentemente das nossas bocas desabafos que outrora ouvíamos dos nossos avós, como os clássicos “na nossa época é que era”, “não há nada como antigamente”, “naquele tempo é que era” e outros sábios vocábulos que ressalvam o constante “generation gap” a que estamos votados.

Foram pedras basilares que cimentaram o nosso crescimento como pessoas. Afinal, são precisos modelos e causas para alimentar o ego reformista de um adolescente. Parece-me que a efemeridade da época em que vivemos está a redefinir os papéis. A importância dada à forma em prol do conteúdo está a castrar a capacidade das nossas crianças para encontrarem a sua revolução. Uma sociedade de plástico onde a falta de valores nos confina a uma sórdida vontade de viver de acordo com os estereótipos definidos. Perdoem-me o desabafo de um cota que pensa já na estóica incumbência de educar uma criança com sentido de missão.

Como recordar é viver, aqui estão algumas das pérolas da nossa infância ainda gravadas em VHS (para quem não sabe umas enormes cassetes que se colocavam num aparelho chamado vídeo). A idade da inocência que marca uma época em que esperávamos ansiosamente pelo término do entediante “TV Rural” do saudoso Eng. (e este era mesmo engenheiro) Sousa Veloso para podermos ver alguns destes fantásticos bonecos.

Opps... O texto está a ficar comprido, parece-me que vou ter de escrever mais alguns Posts sobre esta vasta temática, sob o risco de me tornar tão repetitivo como as regulares referências ao actual seleccionador de sub 21 (*) que acompanhavam os serões de família em muitos dos nossos repastos.

(*) Para quem não conhece a estória do Selecionador Rui Caçador, basta aparecer numa qualquer festa da nossa família para facilmente ser confrontado com esta personagem que hoje podia ser meu primo. Um abraço para o nosso Caçador de troféus e para a sua ex-ex-ex namorada que hoje tem uma família feliz que muito prezo pela sua pureza de valores e espontaneidade característica das gentes da região minhota onde vivem.

Aqui estão alguns dos bons exemplares desta coletânea de VHS. Espreitem para recordar velhos tempos ;-)




























segunda-feira, 15 de outubro de 2007

"Tou" Special Edition (16 Semanas - T2)

As colecções fazem parte do imaginário de qualquer criança. São parte integrante da sua vivência, pois crescem de forma a reflectir o nosso património pessoal. Todos se devem lembrar dos famosos “Tou”, uma colecção de cromos que acompanhava o bollycao. Foi, sem dúvida, uma das mais bem sucedidas campanhas publicitárias, que elevaram este banal bolo de chocolate ao estrelato desmedido. Estes autocolantes conseguiam rivalizar com todo o merchandising político com que éramos inundados na época. Ora, como recordar é viver, decidi recriar esta série de cromos para descrever cada uma das semanas de vida do nosso pimpolho. É uma “Special Edition” que compila um conjunto de pensamentos do mais desejado dos bebés. Um espaço de autor que dará voz à nossa fonte de inspiração. É só acompanhar na barra lateral por de baixo do contador “Tias e Tios”. Colecciona os cromos que saíram a cada semana de gestação.

sábado, 13 de outubro de 2007

Press Release
Comunicado do Sr. Provedor do Blog



Oh meuuuuuzzz amigos. Perante alguns comentários sobre a minha condição física, vejo-me obrigado, segundo o código de Pais Babados, a refutar algumas das considerações apresentadas:


  1. Onde se lê barriga grande, deve-se ler barriga jeitosinha

  2. O facto de a barriga do Pai estar a alargar, está relacionado com razões de beleza acumulada.

  3. O aumento de peso resulta da chamada “gravidez por simpatia” que foi já objecto da análise de um dos episódios do famoso Dr. House

  4. Assim, é com muito sacrifício que se chega a esta barriguinha proeminente que a imagem documenta e que representa o esforço desmedido do seu proprietário que tem de comer por 1,5.

  5. É com imenso sentido de responsabilidade que, assumindo a minha condição de marido mimado, não posso, de forma alguma, resistir às tentações de uma cozinheira de grande classe.

  6. Assim sendo, vejo-me obrigado a recorrer ao meu assistente privilegiado de seu nome “Ariston”, um perfeito exemplar do mais dos recheados frigoríficos para entregar o caso à APCABC (Associação Portuguesa dos Cheiinhos Anafadinhos ou, vá lá, Bem Constituídos) que agiram em conformidade.



Valsa das Emoções (15 Semanas T2)




O Fabuloso Destino de Amélie Poulain é uma das jóias mais raras e belas que o cinema europeu actual nos ofereceu no início deste milénio. O filme é uma delícia do início aos momentos derradeiros, sempre tão sensível e belo, uma pequena jóia da França, tanto tecnicamente, como pela sua espectacular fotografia. É mais um dos filmes da minha vida, um primor de subtileza, totalmente criativo com uma fotografia fantástica é feito de uma simplicidade e beleza estonteantes que nos abraça com personagens realmente tocantes, que conseguem mesclar a emoção com a comédia, sempre numa linha muito divertida.

A personagem principal do filme é interpretada pela maravilhosa Audrey Tautou, que encara Amélie de um jeito tão frágil e meigo, que é quase impossível não nos apaixonarmos por ela e mais difícil ainda não torcemos pela sua felicidade.

É alguém com quem muito me identifico (excepção ao sexo claro), uma jovem introvertida, inteligente e observadora que decide tomar as rédeas do seu mundo, e numa forma subtil, trabalhando às escondidas tenta, nas pequenas trivialidades que a vida nos oferece ajudar os outros a serem felizes. Com o seu olhar mágico vê o mundo feito a lápis de cor e transporta-nos para a dimensão do amor. Na atmosfera romântica de Paris procura alguém que partilhe desta visão. E não é que encontra o seu príncipe encantado que a acompanha nesta filosofia de vida.

Afinal é tão simples ser feliz. Por vezes andamos tão azafamados à procura do nosso umbigo que nos esquecemos de que nos pequenos gestos do nosso quotidiano pode estar a chave da nossa felicidade. É só darmos ouvidos ao nosso coração ao ritmo da Valsa das Emoções. E foi assim que encontrei a minha Amélie.

Alguma semelhança com o argumento do filme e a vida de um casal feliz que espera a vinda do seu rebento é pura coincidência (ou talvez não…)

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Salada de Tias (15 Semanas - T2)

O amor anda no ar. Na mistura doce de tias e tios que aromatizam este blog, encontramos a salada de frutas perfeita para fermentar o mais desejado dos sentimentos: a nossa felicidade.

Por entre comentários que encadeiam frases soltas numa estória feliz vamos escrevendo a História das nossas vidas. Já alguém dizia que cada pessoa que passa na nossa vida é única, deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Neste fio de mel digital, ficamos besuntados de carinho e cada vez mais peganhentos com o molho de cada comentário que as tias vão deixando nesta salada ternurenta servida por todos os que nos rodeiam. Afinal, Paco Bandeira não tinha razão. A ternura não vem só aos quarenta, mas conquista-se em cada afecto que um gesto de procriação nos pode oferecer. E para quem não conhece a composição desta terrina, aqui ficam a receita mais desejada:

2 pedaços do coco saltarica2002 (que ao início parecia dura de tratar, mas, depois de descoberta, tornou-se o mais doce dos doces que desperta o melhor que há em nós). Os moranguitos do Viso, que se reproduzem à proporção da sua simpatia e nos acolhem com a sua grande disponibilidade. 4 fatias de ananás alvarinho que, por entre pequenos picos de impulsão, nos oferece um genuíno sabor de espontaneidade e uma tórrida amizade própria das terras onde este fruto agre e doce se desenvolve. 2 das mais doces uvas que brotam do cacho de alunos que tivemos em Carvalhais. O cocktail manga laranja que se funde numa simbiose chamada Margarida que, como no original da Compal, representa uma junção perfeita. E, claro, o meu dióspiro - A Net tia que, de tão doce que é, se desfaz em mimo a cada toque que nos oferece.

Peguem numa colher e sirvam-se.

Por isso, como diz o meu amigo Jorge Palma, Juntem-se a nós, venham partilhar connosco esta nova alegria. Somos felizes, por favor façam o favor de serem também.

P.S: Não nos esquecemos de todos quantos têm participado desta degustação de afectos, mesmo sem terem ainda posto a garfada nesta terrina de comentários. Obrigado por fazerem parte de nós.

Ass: Xico ou Bi

terça-feira, 9 de outubro de 2007

My Name is... (15 semanas - T2)



Está fechada a primeira votação dos inquéritos de opinião para escolha do nome próprio a atribuir ao bebé. Foram apurados 16 votos válidos distribuídos pelos 4 eloquentes nomes que o colégio eleitoral tinha à disposição nesta votação. Não houve no entanto uma maioria qualificada que permitisse aos digníssimos pais optarem por qualquer das propostas apresentadas. Agradecemos a todos (mesmo os que não pagaram as quotas) que participaram nesta difícil escolha, mas decidimos dar atenção às bases da nossa família e sentir o coração de alguém que ainda anda a fazer a rodagem da sua personalidade. Assim na sintonia do amor, os pais como signatários desta proposta apresentam o nome mais aguardado:


Francisco se sair ao Pai, Beatriz se sair à Mãe


Agora só falta saber o sexo da criança. Queremos cruzar os resultados dos “popularmente provados” testes que a nossa crendice nos oferece com as opiniões credíveis das Tias e Tios. Assim, quem, baseado na sua experiência, quiser lançar um palpite sobre o sexo do bebé poderá faze-lo no novo inquérito de opinião que têm à disposição no blog. Os pais depois de analisarem mãos, barriga, calendário chinês, posição da agulha e outros testes do género, gostavam de sentir os vossos palpites. Pode votar até ao próximo dia 24 de Outubro, altura em que o bebé fará nova visita ao seu amigo de bata branca. Talvez nessa data nos brinde com mais uma novidade. Até lá podem tentar perceber na sua melhor foto o sentido da sua sexualidade.

sábado, 6 de outubro de 2007

Educação. Descobre o papel que há em ti...



Como futuros pais, conscientes da responsabilidade que este projecto nos concerne, procurarmos avidamente recolher todas as informações importantes para um crescimento harmonioso do nosso filho. Tarefa facilitada na sociedade de informação a que estamos votados, onde tudo se encontra à distância de um click. De facto, basta escrever a palavra “bebé” num qualquer motor de busca para encontrar em 0,9 segundos 49.700.000 páginas Web relacionadas com este tema. Não é difícil tropeçar em qualquer quiosque numa das inúmeras revistas da especialidade. Encontramos centenas de enciclopédias que nos brindam com os clichés conhecidos “O ABC…”, “Tudo sobre…”, “O guia do…” que se aplicam nas mais diversas áreas da pediatria. E nem para os mais distraídos é possível durante um zaping (gesto contemporâneo mais utilizado pela espécie humana) não se cruzar com qualquer minuto de pedagogia que Eduardo Sá e Isabel Stilwell nos oferecem diariamente na Antena 1 e todos as outras tertúlias do género. Até escolas de pais, acções de formação e aulas de preparação para tudo e mais alguma coisa temos à nossa disposição.

Mas será que esta panóplia de ofertas faz de nós super-pais capazes de responder a todas as solicitações que esta nova condição nos obriga? A experiência que levo em 12 anos de ensino diz-me que o mais decisivo na educação não é o que estudamos, lemos ou ouvimos, mas a forma como aplicamos esses ensinamentos nos contextos reais de cada situação. Para educar os outros, é necessário, em primeiro lugar, querer aprender com eles. De facto é isso que nos distingue dos outros animais. Pela interacção que os novos desafios nos proporcionam conseguimos adaptar-nos e readaptar-nos a cada repto que estimule a nossa capacidade de aprendizagem. Com a prática e experiência acumulada vamos refinando e potenciando as nossas competências.

É por isso, normal, que a adrenalina deste novo papel não possua um guião próprio para os futuros papás decorarem. Conformados com esta realidade, nada melhor para leitura de cabeceira do que uma hilariante visão de uma recente mãe que narra na primeira pessoa a sua experiência como progenitora. Um livro fantástico capaz de desmontar algumas das melhores teorias de qualquer pseudo Pedagogo que do alto do seu pedestal moral nos tentem formatar comportamentos. Não é um best seller que posamos encontrar num qualquer top de supermercado a rivalizar com obras tão interessantes como “Emagrecer em 10 dias” ou “10 boas razões para o sucesso profissional” ou “Enriquecer em 10 etapas” ou ainda “As 10 melhores dicas para conquistar alguém” (Mas será que ainda alguém acredita no poder do número 10? Porque acham que o Figo trocou para a camisola 7? Que coisa chata esta de todos queremos ser iguais).

O “SEGREDO” do sucesso está na vontade de triunfar. Ele é intrínseco a cada um e pode ser descoberto a cada experiência pessoal que contribua para a nossa realização. Por isso nada melhor do que um retrato biográfico que num tom ligeiro e bem-disposto nos transporta para o quotidiano de uma mãe da nossa geração que explica tão bem a adaptação a esta condição humana.

Moral da História: O bebé não é um qualquer electrodoméstico que venha com um livro de instruções por isso não tente subestimar a sua criatividade que o transforma num espontâneo representante da nossa querida espécie.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

100 dias (14 semanas - T2)


Passaram 100 dias desde a eleição do inquilino que ocupa a nossa terra dos sonhos. 100 é um número redondo que se usa, em jeito de balanço, para celebrar as mais diversas razões.
Para nós 100 tem sido uma conjunção perfeita que usamos em nosso benefício. Foram dias 100 ter de mudar fraldas (à média de 8 por dia teríamos gasto 9 pacotes de 96 fraldas). Foram noites 100 termos acordado mais do que o suficiente para dar um passeio até à casa de banho (à média de 8 por noite dá 800 relaxadas horas de sono).
Mas foram essencialmente 100 dias a pensar nos próximos 100 ao cubo que nos trazem a ansiedade de conhecer aquele que melhor materializa os muitos 100 dias que temos passados juntos em prol desta família. Para já, e segundo o calendário da gravidez, ao fim de 100 dias de gestação o nosso feto terá aproximadamente 11 cm e pesa cerca de 45 grs. A casa começa a crescer dentro da barriga da mãe que já passou de T1 para T2. Entramos no 2º Trimestre (T2) desta epopeia que a cada dia que passa nos traz mais vontade de entrar no próximo capítulo.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Os novos cogumelos (14 semanas)

O cair das primeiras chuvas faz-me recordar uma das mais saudáveis actividades para um naturalista convicto como eu. A apanha dos míscaros foi durante muitos anos uma alegre romaria que acabava em grandes ensopados, estufados e outros pratos afins.
Com o desenvolvimento da urbe e as consequências ecológicas que dai advêm, estas pequenas maravilhas da nossa culinária eclipsaram-se quase totalmente (ou não…)

De facto, neste espírito consumista a que nos votamos depois de descobrimos as maravilhas de uma sociedade capitalista, um novo fenómeno emergiu neste contexto. Novas selvas cresceram exponencialmente transformando o nosso habitat natural num apelo constante ao consumo que nos torna engodo fácil para novos predadores.
Apareceram, então, os novos cogumelos que se estendem como polvos e vão nidificando pelo espaço comercial da nossa terra. Disfarçados de lojas de criança com vistosas e apelativas montras, atraem os futuros papás e montam uma teia implacável que os agarra a tentações mundanas capazes de os levar em êxtase desenfreado à compra de todo o género de produtos até aqui desconhecidos.Existem ecossistemas perfeitos designados de shoppings onde esta realidade toma proporções avassaladoras.

Tal qual os verdadeiros míscaros, estes cogumelos são também divididos em diferentes espécies. De entre os mais perigosos destacam-se a espécie “Benetton” um colorido cogumelo que atrai as suas presas com sugestivos modelos cheios de vida, a espécie “Lego” que com o seu nome apelativo bloqueia os nossos eurónios, a espécie “Petit Patapon” um pequeno exemplar da família Patapon que abraça as suas vítimas com suaves babygrows de pura malha fina, e ainda a requintada espécie “Jacadi” que nos hipnotiza com as suas voluptuosas colecções de roupa. Não convém pois abusar destes cogumelos cuja ingestão em excesso pode provocar graves danos no seu cartão de crédito. Existem outras espécies mais inofensivas como as importadas de Espanha e alguns cogumelos nacionais que, depois de destapados, podem dar óptimos enxovais.

A melhor época, ao contrário dos cogumelos naturais, não é com o cair da chuva, mas sim ao cair dos preços numa lógica de promoções algures para os meses de saldos. É preciso alguma paciência como na apanha dos ansiados míscaros e uma pitada de faro que só com a experiência de diversas expedições se apura para a melhor caçada. Por enquanto o melhor é traçar bem a rota dos nossos passeios para não cair em tentação e morder o isco destes novos cogumelos.

P.S: Alguém me diz onde encontrar os verdadeiros cogumelos pois já ando com saudades de um saboroso arroz de míscaros.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Sonata do ADN (14 Semanas)




Já todos devem ter participado nesta composição musical que ouvimos com frequência em maternidades (auditório privilegiado) ao ritmo de um estranho ritual narcisista que mais parece uma festa de debutantes. Todos espreitam o mais novo dos elementos da família na ânsia de encontrarem alguma semelhança com o seu alter-ego e constroem, à sua imagem, o ADN do novo bebé.
Assim, num movimento prosaico ecoam expressões sintomáticas como aquele clássico machista para crias da espécie masculina, “eh eh, sai ao pai, tem a pila grande” ou outras que permitem várias associações aos membros de cada clã.
Será que alguém pode explicar ao mundo que a maternidade não é um departamento de transplante de qualquer hospital. Assim não faz sentido dizer "tem os olhos do Pai" ou "ficou com o queixo da Mãe" ou ainda "é a cara do Pai" .
Não me parece que os progenitores tenham necessidade de doar os seus órgãos. Também os bebés são todos iguais e todos diferentes; tem todos 2 pais (ou quase todos, estava agora a lembrar-me da Esmeralda) mas cada um tem o seu ADN próprio. Por isso apesar de pertencerem a uma família ninguém os pode substituir na composição do seu recital. Parece-me que tem direito a fazer o seu próprio REMIX. Ou seja pegar na pauta do seu código genético e remisturar a versão herdada de família a que cada um de nós estamos sujeitos. Por mim tudo bem desde que continue a gostar do FCP (chuuu, não digam nada à mãe)


Tem os olhos do Pai... Guchi Guchi... A boca é da Mãe... Mas o sorriso é do Avô... Guchi Guchi... Saiu à prima, olha para aquele queixo... Tal e qual o Pai quando nasceu, olha esta foto... Guchi Guchi... É a cara do Bisavô... As orelhas fazem-me lembrar as minhas quando era da idade dele... Conheço este nariz, parece que estou a ver o Pai quando era pequeno...Guchi Guchi...